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What is Love - Parte II

Segunda-feira, 07.10.13

Década de 40

 

 

Agora com 17 anos Mary passou a escova pelos seus grandes cabelos ondulados dourados. Com a guerra tinha aparecido a tendência de cortar o cabelo curto, mas ela não conseguia, apenas a sua mãe tinha aderido à moda. Suspirou, mesmo lindo, faltava ali algo, parecia que o cabelo não tinha brilho. 

-Mary, vem ou ficas sem boleia - gritou o irmão das escadas. Ajeitou a sua saia e pegou na sua pequena mala descendo as escadas com cuidado. Tony levantou uma sobrancelha quando viu a irmã toda arranjada, mas não comentou nada. Ele, desde que tinha arranjado uma namorada, estava muito mais suportável. 

-Já podemos ir - Agarrou no braço do irmão quando chegou ao pé dele e ambos dirigiram-se até ao carro do mais velho, tinha sido adquirido pelo pai, não era nada novo nem que passasse dos quarenta quilometros por hora, mas era algo fascinante para os mais jovens. Ambos entraram no carro e Tony arrancou. Tinham uma festa de anos, Bill fazia os dezoito e queria festejar com os amigos mais chegados num café. Mary não tinha sido convidada, mas tinha implorado a Tony que a levasse. Só ele sabia da paixão da irmã pelo melhor amigo, ela tentava disfarçar, mas mal Bill aparecia no campo de visão de Mary os olhos dela ficavam cheios. 

-Graças a ti já estamos atrasados - resmungou Tony estacionando à porta do café, que tinha esplanada, e a um canto estava lá Bill mais dois casais. Mary tinha-se informado, ele não tinha namorada. Marota como era, Mary foi à frente do irmão até à mesa onde eles estavam.

-Bom dia - cumprimentou todos com um sorriso e quando o seu olhar se encontrou com o do amado ela mostrou um grande sorriso - parabéns Bill. - Bill abriu muito os olhos levantando-se para cumprimentar a irmã de Tony e deu-lhe um beijo na mão. 

-Obrigado Mary - agradeceu. Mary sentiu o seu coração acelerar a cada momento. Ele estava tão perto e ela não podia fazer nada. - Vieste com o Tony? - perguntou intrigado, visto que não a tinha convidado. Antes que pudesse responder Tony precipitou-se.

-Ela praticamente me obrigou a deixa-la vir - disse sentando-se num banco depois de cumprimentar todos. A rapariga arregalou os olhos e sentiu-se corar, agora queria enfiar-se dentro de um buraco e nunca mais de lá sair. 

-Não.. eu só queria sair um pouco de casa e como soube que fazias anos - ela mordeu o interior do lábio tentando disfaçar o nervosismo. Tony sorriu matreiramente com a atrapalhação da irmã e bateu com uma mão na outra. 

-Tenho fome, o que vamos comer? - perguntou o irmão mais velho. Bill acabou também por se sentar, mas não antes de puxar a cadeira para que Mary o fizesse também. Tanto tempo com Tony e conseguia ser mais bem educado que ele. Tony não era o rapaz mais educado dali, mas Patricia, a rapariga que o namorava, achava-lhe piada e ria-se com a parvoíce dele. 

Mary já tinha acabado de comer o lanche que tinha pedido quando sentiu Bill a tocar-lhe no cabelo, totalmente distraído enquanto todos os outros falavam entre si. Ela olhou-o de sobrancelhas levantadas e juntas no topo da testa e ele, ao aperceber-se do que tinha feito, endireitou-se na cadeira com as bochechas ligeiramente avermelhadas.

-Desculpa, tinhas uma coisa aí - apontou para o cabelo, ligeiramente atrapalhado e ela sorriu abanando a cabeça como que a dizer-lhe que não fazia mal.

-Queres dar uma volta? - perguntou num folgo. O rapaz, surpreendido, fez a mesma cara que tinha feito quando Mary com apenas oito anos perguntou se queria jogar com ela. Mary arrependeu-se imediato da sua expressão séria e estava mesmo para se levantar e sair dali quando Bill assentiu com um sorriso.

-Vamos.


Bill estava a tremer com o nervosismo, ele era um pouco timido apesar de não o demonstrar, principalmente com raparigas.

-O teu cabelo cheira mesmo bem - disse ele fazendo depois uma careta. Conhecia-a desde pequeno, tinha crescido juntamente com ela, apesar de não se terem aproximado muito enquanto o faziam. Mary riu-se com o elogio e sentou-se no banco de jardim que havia, ajeitando a sua saia. 

-O teu também. - murmurou enquanto mordia o lábio para evitar corar, mas isso não aconteceu. Bill arrancou uma flor que estava a nascer ao lado do banco e colocou-a na orelha com um sorriso timido. Aquilo estava estranho entre os dois, ambos se conheciam há tanto tempo e só agora, dezassete anos dois é que estavam os dois juntos. 

Pensando que ia aliviar o ambiente, Bill agarrou cuidadosamente na mão de Mary e acariciou-a enquanto a olhava. - Eu gosto de ti - admitiu ainda a olhar o anel de Mary, que tinha sido dado pela sua avó. - Há muito tempo.

A primeira reação que Mary teve foi suster a respiração enquanto olhava Bill sem conseguir dizer nada. - Eu também - murmurou ela abrindo um sorriso abraçando-o num impulso.

 

Proxima parte amanhã ou quarta


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