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O meu nome é Gavin
III. Reconhecida
Arregalei os olhos ao ver aquela casa enorme enquanto entrávamos para a garagem, nunca tinha visto uma casa tão grande sem ser a minha, mas isso já tinha sido há muito tempo.
-É mesmo rico – murmurei olhando-o e senti as suas mãos nas algemas, sorrindo levemente quando as desapertou. Já estava habituado mas elas apertavam às vezes.
-O meu pai lutou muito na vida – disse abrindo o carro e eu também saí do mesmo esperando por ele para o seguir.
-Eu também luto muito na minha vida e não tenho uma casa destas, ele tinha era um emprego. – resmunguei enquanto entrava a seu lado e, assim que vi tantos empregados a andar de um lado para o outro comecei a andar mais devagar, olhando para todos os pormenores daquela casa. Não estava numa coisa assim há muito tempo mesmo. Nunca mais tinha entrado numa verdadeira casa depois da morte da minha família, sinceramente, era bom entrar.
-Tu não tens emprego porque não organizas a tua vida, mas não tens culpa, és muito miúdo ainda – olhei-o com uma expressão mais agressiva e ele colocou as mãos ao alto como se se estivesse a defender. – tem calma miúdo, estava só a meter-me contigo – revirei os olhos – põe-te à vontade, eu vou avisar a minha família e o jantar deve estar a ficar pronto – passei as mãos pela minha barriga – tens fome não tens? – olhei para a televisão e encolhi os ombros. – bem me parecia, ficas calado quando tens.
-Está realmente a começar a irritar-me – ele riu-se subindo as escadas para avisar a família sobre mim. Sentei-me no sofá ficando a olhar para a televisão de novo e mordi a parte de dentro da bochecha meio hesitante sobre o que devia ou não fazer mas, acabei por me esticar até ao comando e carregar no botão vermelho onde a podia ligar, pelo menos antes era assim. Sorri levemente quando vi que estava no canal de desporto. Eu adorava hóquei, tinha jogado quando era puto, antes de tudo o que tinha acontecido e no lar, tinham-me dado oportunidade de jogar uma vez por semana, mas quando fugi nunca mais consegui.
-Está ali –virei a cabeça para trás quando ouvi a voz do polícia, ele ainda não me tinha dito o nome.
-Tão bem cuidado – ouvi a sua mulher comentar, enquanto descia as escadas. Levantei-me quando ela chegou ao pé de mim e vi-a sorrir-me. Como eu detestava aquele sorriso, era só pena. Dava-me vontade de vomitar sobre a carpete rica deles.
-Chamo-me Susan – olhei para o homem e ele encolheu os ombros apercebendo-se de que ainda não tinha dito o nome.
-Eu sou o Albert – assenti com a cabeça e a mulher olhou para trás.
-Eu sou a Marie – uma rapariga pouco mais baixa que eu colocou-se à minha frente, com um sorriso tímido e uns olhos azuis tão, mas tão parecidos aos da minha avó, era capaz de ficar a olha-los durante toda a minha vida. Até tinha esquecido a fome. – Eu já te vi antes, no meu treino. – não estava a gozar quando tinha dito que tinha visto uma rapariga bonita e a tinha seguido. Ela jogava hóquei das cinco às sete, como ela foi de carro para casa, não a tinha seguido a partir daí e tinha dormido naquela zona. E… ela era linda. O seu cabelo loiro, os seus lábios, até o seu corpo era perfeito. Sim, isto já durava algum tempo. Ela era feminina e ainda conseguia gostar e jogar bem hóquei, era tipo a coisa mais perfeita de sempre.
-O meu nome é Gavin. – apresentei-me quando saí do meu transe. – Tem uma filha muito bonita – falei para o polícia. Ouvi um risinho da parte de Susan quando a rapariga corou, talvez pela maneira de como eu a olhava, mas assim que olhei para o seu pai ele já não parecia estar tão satisfeito. Era compreensível, era a menina dele, mas em parte a culpa era sua.
-Obrigada – ela agradeceu juntando as mãos à frente do corpo, olhando depois para a empregada, pelo menos era o que parecia, estava ali para nos informar que o jantar estava pronto. Óptimo porque estava cheio de fome. – Anda – olhei para Marie quando me falou e aproximei-me dela. – O meu pai fala muito de ti – comentou enquanto andávamos até à sala de jantar. Ri-me abanando a cabeça.
-Aposto que bem - brinquei, não podia falar bem, sempre que me via era para me prender, nem sabia porque é que estava aqui hoje. Oh espera, pena! Ela percebeu a minha expressão e abriu ligeiramente a boca, aquela boca, se não soubesse que o seu pai era um polícia armado eu beijava-a agora mesmo.
-Por acaso até fala – continuou com um sorriso – ele disse uma vez que eras uma pessoa muito forte – os seus pais estavam à nossa frente, pelo que não deviam estar a ouvir nada do que ela dizia, visto que falava baixinho. – E que te admirava – concluiu fazendo-me levantar uma sobrancelha.
-Isso é mentira, ele não diz nada disso ele mal me fala quando me vai buscar – ela olhou-me com uma expressão mais severa.
-Estás a chamar-me de mentirosa Gavin? – perguntou-me alto o suficiente para Albert se virar para nós, quando já estavam a rodear a mesa gigante que havia na sala de jantar gigante.
-Acalmem-se meninos, não queremos discussões à mesa. – disse especialmente para mim, eu apenas me sentei ficando a olhar para os pratos. Eram tão modernos, já os talheres eram mais clássicos, tinha quase a certeza que eram de prata. Apenas despertei quando senti uma pessoa ao meu lado e o meu prato a ficar cheio da comida mais brilhante e suculenta de toda a minha vida
O próximo capitulo sai domingo
Espero que gostem
Estou com um grave problema, sinto-me de férias quando ainda tenho oito livros para estudar.
Olá :)
omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...
devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...
Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...
ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...