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Teenagers 1 - O meu nome é Gavin I

Domingo, 09.06.13

O meu nome é Gavin

 

Every saint has a past and every sinner has a future.
Oscar Wilde

                    I. Apenas o início

 

                - Gavin – Rachel gritava por mim com todos os seus pulmões e com toda a sua força,  que já não era muita. Ri-me aparecendo-lhe à frente e abracei-lhe a perna com um sorriso traquina. – Gavin! – disse num tom depreciativo que me levou a fazer-lhe olhinhos. Rachel abanou a cabeça com um meio sorriso, ela não conseguia ser má para mim – vem para casa, tens que pedir desculpas à mãe, ela ficou triste contigo. – abanei a cabeça várias vezes, largando a avó e cruzando os braços.
                -Não, não. Ela foi má para o pai, tu viste – olhei para ela com os olhos húmidos, fazendo-a parar à minha frente e baixar-se para ficar à minha altura.
                -Ela estava só a cuidar de ti Gav – sorriu fazendo-me suspirar e assentir.
                -Está bem, eu peço – murmurei, ela era a única pessoa que me conseguia pôr a fazer algo, ainda que contrariado.Eu ia pedir desculpas à minha mãe por ter fugido. Mas, o fatal som de um disparo vindo de uma arma fez-me ressoar pela rua à frente de minha casa. Mais outro. Foram dois e ninguém na rua ouviu porque a minha casa era isolada, não havia mais ninguém, nenhuns vizinhos.
                -Fica aqui – quando olhei para a avó ela estava pálida, os seus olhos azuis pareciam ainda mais esbranquiçados e as suas mãos tremiam enquanto passavam pelas minhas bochechas. Apesar de a obedecer, não o fazia sempre, assim que ela começou a correr em direcção à minha casa eu fui atrás. Tinha apenas seis anos quando vi a minha avó ser abatida a tiro. Felizmente consegui esconder-me entre os arbustos do jardim enorme da casa. Tapei a boca para não fazer barulho enquanto chorava e fiquei quase sem respirar até ao homem que tinha a arma na mão desaparecer. Ainda fiquei não sei quando tempo lá escondido, não tenho bem noção de quantas horas, mas foram muitas. A rua estava calma, não passavam carros e não havia os gritos da minha mãe a chamarem por mim. Ela também estava morta, assim como o meu pai. Não havia ninguém comigo. Só me apercebi disso quando os vi pessoalmente, deitados cada um na sua poça de sangue. Eu só chorava, era apenas um bebé, não sabia o que se tinha passado e não sabia como pedir ajuda, só sabia que estava sozinho. Fui sentar-me na calçada do passeio, onde estava a minha avó. A mãe tinha-me dito que se eu me perdesse ou acontecesse alguma coisa má comigo eu devia ir ter com os polícias, eles eram bons e iam tratar bem de mim, era o que ela dizia. Eu já os tinha visto passar no carro todos os dias à mesma hora da noite, só tinha que esperar como estava a fazer. Olhei para o relógio da minha avó e tirei-o do seu pulso, olhando-o e guardando-o no bolso das calças, dando depois festinhas no seu cabelo branco e grisalho. Senti o meu queixo tremer quando os polícias apareceram, à mesma hora.
A assistente social levou-me para uma casa onde havia outras crianças, eu não tinha mais família por isso só podia ir para lá. Aos doze fugi. Não aguentava lá nem mais um dia, aquilo a que chamavam com tanto carinho “lar” eu chamava merda. Porque era mesmo isso, aquela casa era uma pocilga, não havia condições nenhumas e não, não estava a ser picuinhas como me chamavam, eu podia ter nascido rico e habituado a confortos, mas já não era mais isso. Já não era ninguém desde aquele dia. 


Então? como é que esta esta primeira parte?

Eu sei que é muito pequena mas na terça feira já há mais outra parte.

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Objetivos de verão

Domingo, 09.06.13

1. Emagrecer

2. Emagrecer

3. Emagrecer

4. Bronzear

5. Aprender a escrever de acordo o novo acordo ortográfico ou estou lixada para o exame de Português 

6. Ler muito

7. Dormir muito 

8. Dormir mesmo muito

9. Fazer novos amigos, se é que me entendem

10. Sair muito mais à noite

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  • Helena Pinto

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