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Hidra 15 - Sangue

Sábado, 25.05.13

 15ºCapítulo

Sangue


Marge olhou-os a todos, preparando a sua faca para que ficasse sempre à mão. Susie fez o mesmo, e Grace agarrou melhor no seu arco, começando a relembrar-se de todos os sítios onde tinha escondido as suas flechas. Assim que a porta do elevador se abriu e todos saíram o corpo da idosa caiu no chão manchado de sangue mais escuro que o normal. Rafael, mandou o elevador para baixo, para que ninguém daquele andar visse o que se tinha sucedido e começou a andar na direcção de um gabinete em específico.
-Rafael – Marge estava parada mais atrás – para onde é que nos estás a levar? – perguntou, mas o meio humanóide, não ligou, apenas abriu a porta do gabinete de Frank.
Estava nu, assim como Anastácia também o estava e para piorar, ele estava em cima dela, que estava em cima da secretária. Os papéis estavam todos espelhados no chão e até o ecrã do computador tinha caído.
-Apanhados em flagrante delito – disse Rafael com um sorriso maldoso nos lábios. Grace que estava um pouco mais atrás a ver aquilo, agarrou-se à barriga enquanto sentia vómitos consecutivos, só não vomitou porque o que tinha no estômago não era nada. A mãe dela, agarrou-lhe nos ombros enquanto olhava para aquela cena. Até agora estava desconfiada de que eles iam atacar Frank sem qualquer prova, Rafael nunca tinha gostado dele, podia ser uma espécie de vingança, mas agora percebia que não era. Ela abanou a cabeça num tom de desaprovação, enquanto Frank parecia atónito e sem saber o que fazer. Estava congelado em cima de Anastácia a olha-los já ela, estava a sorrir e esticou um braço a Rafael, que apenas revirou os olhos.
-Até que ela nem era má de todo – disse Quint assentindo com a cabeça como se aprovasse.
Susie estava um pouco mais pálida que os outros, olhando para a cena com uma expressão desiludida, ela que pensava que tinha encontrado uma amiga a sério, tinha encontrado uma aberração. Apesar de ter alinhado na busca, ela tinha uma esperança de que a amiga se fosse desculpar, mas não, agora já não havia volta a dar. Ela era má, ela queria acabar com tudo.
-Olhem para trás de vocês – Frank tinha descongelado, tapando-se agora com a sua própria roupa. Grace foi a primeira a olhar para trás e arregalou os olhos quando viu humanóides a aparecer por toda a parte.
-Lembraste de eu ter dito que havia pelo menos mais um Grace? – perguntou Quint com um sorriso. Estava divertido? Grace arregalou os olhos, tirando uma flecha de trás das costas, apontado para os humanóides. Ao sentir Rafael atrás de si ela olhou-o pelo canto do olho.
-O que é que eu faço? – perguntou baixinho.
-Tentas sobreviver – disse ele num tom baixo. Grace sabia que aquilo era uma tradução de: “mata”. A rapariga sentiu os seus sentidos ficarem mais alerta quando viu dois humanóides atacar Susie – Cuidado – gritou-lhe atirando duas setas de um modo rápido e genial acertando em cheio nas testas de cada um, que caíram para o lado. Susie ficou um pouco em choque, com a sua wakizashi (espada) a tremer-lhe nas mãos, mas logo lhe conseguiu mostrar um meio sorriso. Ao sentir alguns movimentos atrás de si, que não devia sentir, Grace virou-se para trás e matou mais outro que a estava quase a atacar. Ela não gostava de o fazer, mas sabia que se não os matasse, todos os seus amigos iam morrer.
-Sai – gritou Rafael com todas as suas forças para Grace, que só se apercebeu depois de ter um rapaz de olhos azuis e cabelo preto, com umas bochechas de bebé e um olhar inocente em cima dela pronto para mata-la. Ela não conseguiu, ela olhava para aqueles olhos e definitivamente não conseguia mata-lo.
-Ele não é humano – gritava-lhe Quint que o tirava de cima dela e o executava. Os irmãos agarraram cada um num braço da rapariga e levaram-na para dentro do gabinete de Frank. Este, observava tudo muito atentamente sorrindo de vez enquanto, mas Marge aproximou-se e depois disso Grace não conseguiu ver mais nada porque Rafael agarrou-lhe na cara – acorda. – ela olhou os seus olhos, vendo depois Quint ao lado com uma expressão preocupada. Ela assentiu e endireitou-se apertando o arco nas suas mãos.
-Vão, eu estou bem – Quint assentiu afastando-se e correu até ao lado de Susie quando a ouviu gritar por si. Rafael ainda a ficou a olhar, só quando ela desviou o olhar é que ele deu uns passos para trás, virando-se para Anastácia que estava a arranjar um plano para saltar dos vinte andares que estavam debaixo dos seus pés. Até ela morreria se saltasse.
-Não me vais matar loirinha – disse Anastácia com a cara a ferver apesar de pálida. Pálida e assustadora.
-Já ouvi isto em alguma vez e acabaste desmaiada – sorriu Grace apontando-lhe a ponta afiada da seta à sua testa com um sorriso. – Eu consigo fazê-lo. – garantiu.
-Grace – ouviu Rafael, ela olhou para trás pelo canto do olho e só o viu assentir.
-Rafael! – Anastácia gritou ao perceber que ele dava permissão a Grace para a matar, mas Grace não precisava de nada disso, foi só largar e fazer com que a flecha fosse ao encontro da sua testa. Pela primeira vez não teve pena de matar um humanóide. Deu um passo para trás virando as costas. Anastácia tinha ainda os olhos abertos, uma expressão assustada e uma linha fina de sangue vermelho muito escuro a escorrer-lhe pela testa. Estava presa à parede ainda em pé, parecia uma estátua. Frank tinha parado de lutar com Marge quando o corpo da amante lhe caiu perto dos pés. Apanhando-o distraído, ela encostou uma faca ao pescoço do seu suposto amigo.
-E tu ainda me mentes descaradamente a dizer que a amas – gritou-lhe Marge abanando a cabeça. – Como é que és capaz de trair o teu sangue?
-Da mesma maneira que ele consegue trair o dele –
apontou com o queixo para Rafael. – Eu não menti. – Grace parou para o olhar, mas nem conseguiu fazê-lo por muito tempo, apenas abanou a cabeça virou costas. Marge não o ia matar, talvez o resto da vida dele na prisão fosse um castigo suficiente, senão o pior. Estava a ir para fora do gabinete para matar todos os outros que faltavam, mas já vinha tarde. Estavam todos mortos finalmente. Com um suspiro cansado, Grace encostou-se ao corpo manchado de sangue negro de Quint, mas ela nem se pareceu incomodar.
-Quero sair daqui – disse ela. Quint olhou-a com um meio sorriso.
-Já acabou tudo.

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