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14ºCapítulo
O gabinete
Grace foi sentar-se, olhando para Quint e suspirou – ele não vai desistir – não era uma pergunta, era uma afirmação, ela conhecia suficientemente bem Rafael para saber que ele não ia desistir de uma boa caça, mesmo que ela fosse perigosa. Quint abanou a cabeça, deitando-se de novo na cama, agarrado às almofadas.
-Quando ele vir que está a pôr todos em perigo, pode ser que parece – Grace fez uma careta e abanou a cabeça.
-Duvido Quint – suspirou passando as pontas dos dedos pelo cabelo loiro do rapaz. Grace estremeceu quando a porta foi aberta, sem que alguém batesse à porta e viu Rafael entrar.
-Depois fala dos outros – resmungou o irmão, mandando-lhe uma almofada à cara. Rafael fez o seu habitual sorriso divertido, mandando-a de volta.
-Ainda bem que já estás bem – disse para Grace, ela assentiu com a cabeça levantando-se. – E não, não vou desistir mesmo.
-Ainda por cima anda a ouvir as conversas atrás da porta – resmungou de novo Quint, enfiando a cabeça na almofada.
-Caso não saibas, eu ouço melhor do que qualquer pessoa nesta casa – disse aproximando-se da janela, onde até à pouco a rapariga tinha estado – a Kate foi tirar os corpos mais a Marge, não me deixaram ir. – encolheu os ombros e encostou a mão à bochecha com um ar aborrecido.
-O que é compreensível – disse Grace levantando-se de novo vendo Rafael encolher os ombros. – Vieste aqui fazer alguma coisa? – perguntou curiosa, porque sabia que ele não ia entrar no seu quarto assim sem mais nem menos e não fosse alguma coisa.
-Eu vinha aqui pedir à Grace para me apoiar na busca, preciso de pessoas, mas já percebi que não queres – Rafael manteve-se estático a olhar pela janela e Grace mordiscou o lábio.
-Está bem – disse ela, fazendo com que todos a olhassem – mas, só até a matares, quando a matares acaba tudo.
-Ou quando tu a matares – corrigiu Rafael com um sorriso maroto, sob o olhar incrédulo do irmão.
-Vocês são loucos – abanou a cabeça levantando-se e vestiu a sua t-shirt e ele, ao reparar nesse pequeno pormenor olhou os dois.
-Vocês fizeram sexo? – perguntou, sendo muito directo. Grace arregalou os olhos, não porque ser algo de outro mundo, mas por não estar à espera.
-Não, está descansado – Quint revirou os olhos e saiu do quarto. A rapariga cruzou os braços ao peito, mordendo nervosamente o seu lábio inferior enquanto olhava para Rafael. Ele continuava a olhar para Grace, estava à espera da sua resposta.
-Claro que não – disse quando se apercebeu que Rafael não se ia mexer enquanto ela não falasse, ele encolheu os ombros.
-Também não tenho nada à ver com isso – disse num tom descontraído que a fez assentir.
-Quando é que começamos? – perguntou decidida a mudar de conversa. Rafael endireitou-se começando a andar até à porta.
-Veste-te e começamos depois – disse saindo. Grace abriu a boca para lhe perguntar se ele era maluco, mas nem teve tempo. Com um gritinho frustrado foi até ao seu armário abrindo a porta e ficando a olhar para as roupas que lá tinha. Estava alguma coisa errada, não devia haver assim tanta roupa…
- Oh meu deus – saltitou com um sorriso de orelha a orelha, agarrando no seu fato de caçador. – Eu vou ficar tão sexy aqui dentro – fez o seu típico sorriso maroto e rapidamente se vestiu. Pegou no seu arco e nas flexas, escondendo algumas na sua roupa. Estava fascinada, aquela fato era um mistério, ninguém saberia o que é que ela tinha para ali, estava tudo muito bem escondido e camuflado. Ao descer as escadas reparou que estavam todos na sala, bem, todos salvo seja. Estava Susie, Kate, Marge, Rafael e Quint, não eram todos. Os dois últimos arregalaram os olhos ao mesmo todo, Marge e Kate sorriram orgulhosas enquanto Susie só revirou os olhos, tentando atenuar o seu ar irritado com o meio sorriso.
-Já podemos ir? – perguntou ainda com aquele tom aborrecido.
-Vamos todos? – levantou Grace uma sobrancelha, olhando para Rafael e Quint que encolheram os ombros, ainda a olhar a rapariga. Ela estava fenomenal naquele fato…
-Quando souberam que ias, quiseram ir todos – respondeu Rafael que foi o primeiro a deixar de se babar, olhando para Kate que foi dar um beijo na bochecha de cada um, dando um pequeno abraço a Grace. Ela sorriu-lhe afastando-se com cuidado para não a magoar e foi juntar-se ao grupo. Eram quatro, quatro eram melhores que dois.
-O que é que vamos fazer primeiro? – perguntou Grace. Estavam os quatro num jipe com um homem que ela não conhecia, iam todos em silêncio até ela o quebrar, fazendo todos suspirar.
-Vamos ao concelho – foi Susie quem a informou – ela está metida com alguém de lá – disse desviando o olhar do dela. Susie sentia-se estúpida e traída, ela era boa naquilo que fazia, por isso não percebia como é que não se tinha apercebido de nada.
-Porque é que dizes isso? – perguntou-lhe tendo como resposta um encolher de ombros.
-A Anastácia dizia que conhecia algumas pessoas de lá – esclareceu Rafael – Agora vamos descobrir. Tentem parecer naturais – Grace olhou pela janela percebendo que tinham chegado e sentiu-se arrepiar, assim como Rafael, que não disse mais nada. Aquele lugar de novo não, já tinha sido mau de mais o que tinham lá passado, ainda devia estar tudo destruído e os outros mortos e... Grace simplesmente não queria lá entrar.
-Anda Grace – foi Marge que falou, passando as mãos pelas costas da filha, tinha estado todo o tempo a observa-la e conseguiu perceber que ela não queria ir. – Já não há lá nada, a não ser impostores. E agora somos mais, vêm mais a caminho. Vamos ganhar.
-Vamos lutar contra os poderosos, mãe. É impossível. – Não era preciso andar naquelas andanças há muito tempo para saber que as pessoas do concelho eram poderosas.
-Eu sou do concelho – disse Grace – e tu és minha filha, também fazes parte dele. Nós somos poderosas. E eles também – apontou para quem já ia lá à frente. – Agora agarra no teu arco e vamos. – levantou-se saindo do jipe e começando a andar em direcção à entrada. Tentar parecer normal, tinha sido o que Rafael tinha pedido, mas para Grace era impossível, ela estava nervosa, tinha a sensação que alguma coisa ia correr mal.
Assim que entraram, Grace viu aquilo de uma maneira totalmente diferente, não era mais aquele velho edifício às moscas. Estava como novo, como se tivesse sido reconstruido em poucos dias e bem… talvez tenha sido mesmo. Grace deu uma corridinha até se meter entre os irmãos, para saber do que eles falavam.
-Por onde temos que procurar? – perguntou Grace quando eles se calaram.
-Não temos que procurar, eu sem bem quem é. – disse Rafael, colocando uma mão no bolso, onde Grace conseguiu ver uma faca reluzir.
-Quem é? – perguntou curiosa e ele apenas a olhou, não lhe respondendo.
-Vamos para o quinto andar – disse Quint a uma senhora já de idade que parecia Kate, que estava a entrar no elevador ao mesmo tempo que eles.
-O que é que vamos fazer para o quinto andar? – Perguntou a mãe de Grace ficando ligeiramente mais pálida. Quint mordeu a parte de dentro da bochecha e mandou o elevador fechar as portas.
-Porque é que ninguém responde às nossas perguntas? – Resmungou Grace, esquecendo-se por completo daquela senhora simpática e, quando Rafael a lembrou com um simples olhar, ela olhou para trás, mesmo a tempo de ver a senhora ficar mais pálida.
-Cuidado – gritou Quint, mas foi Rafael que agiu, partindo o pescoço à Humanóide. Com um grito Grace agarrou-se ao irmão loiro, fechando os olhos com força. – Isto está cheio deles – murmurou Quint – estejam preparados.
Isto está mesmo quase quase a acabar
espero que gostem e desculpem pela demora.
Este capitulo não é dos melhores, eu sei.
Olá :)
omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...
devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...
Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...
ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...