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15ºCapítulo
Sangue
Marge olhou-os a todos, preparando a sua faca para que ficasse sempre à mão. Susie fez o mesmo, e Grace agarrou melhor no seu arco, começando a relembrar-se de todos os sítios onde tinha escondido as suas flechas. Assim que a porta do elevador se abriu e todos saíram o corpo da idosa caiu no chão manchado de sangue mais escuro que o normal. Rafael, mandou o elevador para baixo, para que ninguém daquele andar visse o que se tinha sucedido e começou a andar na direcção de um gabinete em específico.
-Rafael – Marge estava parada mais atrás – para onde é que nos estás a levar? – perguntou, mas o meio humanóide, não ligou, apenas abriu a porta do gabinete de Frank.
Estava nu, assim como Anastácia também o estava e para piorar, ele estava em cima dela, que estava em cima da secretária. Os papéis estavam todos espelhados no chão e até o ecrã do computador tinha caído.
-Apanhados em flagrante delito – disse Rafael com um sorriso maldoso nos lábios. Grace que estava um pouco mais atrás a ver aquilo, agarrou-se à barriga enquanto sentia vómitos consecutivos, só não vomitou porque o que tinha no estômago não era nada. A mãe dela, agarrou-lhe nos ombros enquanto olhava para aquela cena. Até agora estava desconfiada de que eles iam atacar Frank sem qualquer prova, Rafael nunca tinha gostado dele, podia ser uma espécie de vingança, mas agora percebia que não era. Ela abanou a cabeça num tom de desaprovação, enquanto Frank parecia atónito e sem saber o que fazer. Estava congelado em cima de Anastácia a olha-los já ela, estava a sorrir e esticou um braço a Rafael, que apenas revirou os olhos.
-Até que ela nem era má de todo – disse Quint assentindo com a cabeça como se aprovasse.
Susie estava um pouco mais pálida que os outros, olhando para a cena com uma expressão desiludida, ela que pensava que tinha encontrado uma amiga a sério, tinha encontrado uma aberração. Apesar de ter alinhado na busca, ela tinha uma esperança de que a amiga se fosse desculpar, mas não, agora já não havia volta a dar. Ela era má, ela queria acabar com tudo.
-Olhem para trás de vocês – Frank tinha descongelado, tapando-se agora com a sua própria roupa. Grace foi a primeira a olhar para trás e arregalou os olhos quando viu humanóides a aparecer por toda a parte.
-Lembraste de eu ter dito que havia pelo menos mais um Grace? – perguntou Quint com um sorriso. Estava divertido? Grace arregalou os olhos, tirando uma flecha de trás das costas, apontado para os humanóides. Ao sentir Rafael atrás de si ela olhou-o pelo canto do olho.
-O que é que eu faço? – perguntou baixinho.
-Tentas sobreviver – disse ele num tom baixo. Grace sabia que aquilo era uma tradução de: “mata”. A rapariga sentiu os seus sentidos ficarem mais alerta quando viu dois humanóides atacar Susie – Cuidado – gritou-lhe atirando duas setas de um modo rápido e genial acertando em cheio nas testas de cada um, que caíram para o lado. Susie ficou um pouco em choque, com a sua wakizashi (espada) a tremer-lhe nas mãos, mas logo lhe conseguiu mostrar um meio sorriso. Ao sentir alguns movimentos atrás de si, que não devia sentir, Grace virou-se para trás e matou mais outro que a estava quase a atacar. Ela não gostava de o fazer, mas sabia que se não os matasse, todos os seus amigos iam morrer.
-Sai – gritou Rafael com todas as suas forças para Grace, que só se apercebeu depois de ter um rapaz de olhos azuis e cabelo preto, com umas bochechas de bebé e um olhar inocente em cima dela pronto para mata-la. Ela não conseguiu, ela olhava para aqueles olhos e definitivamente não conseguia mata-lo.
-Ele não é humano – gritava-lhe Quint que o tirava de cima dela e o executava. Os irmãos agarraram cada um num braço da rapariga e levaram-na para dentro do gabinete de Frank. Este, observava tudo muito atentamente sorrindo de vez enquanto, mas Marge aproximou-se e depois disso Grace não conseguiu ver mais nada porque Rafael agarrou-lhe na cara – acorda. – ela olhou os seus olhos, vendo depois Quint ao lado com uma expressão preocupada. Ela assentiu e endireitou-se apertando o arco nas suas mãos.
-Vão, eu estou bem – Quint assentiu afastando-se e correu até ao lado de Susie quando a ouviu gritar por si. Rafael ainda a ficou a olhar, só quando ela desviou o olhar é que ele deu uns passos para trás, virando-se para Anastácia que estava a arranjar um plano para saltar dos vinte andares que estavam debaixo dos seus pés. Até ela morreria se saltasse.
-Não me vais matar loirinha – disse Anastácia com a cara a ferver apesar de pálida. Pálida e assustadora.
-Já ouvi isto em alguma vez e acabaste desmaiada – sorriu Grace apontando-lhe a ponta afiada da seta à sua testa com um sorriso. – Eu consigo fazê-lo. – garantiu.
-Grace – ouviu Rafael, ela olhou para trás pelo canto do olho e só o viu assentir.
-Rafael! – Anastácia gritou ao perceber que ele dava permissão a Grace para a matar, mas Grace não precisava de nada disso, foi só largar e fazer com que a flecha fosse ao encontro da sua testa. Pela primeira vez não teve pena de matar um humanóide. Deu um passo para trás virando as costas. Anastácia tinha ainda os olhos abertos, uma expressão assustada e uma linha fina de sangue vermelho muito escuro a escorrer-lhe pela testa. Estava presa à parede ainda em pé, parecia uma estátua. Frank tinha parado de lutar com Marge quando o corpo da amante lhe caiu perto dos pés. Apanhando-o distraído, ela encostou uma faca ao pescoço do seu suposto amigo.
-E tu ainda me mentes descaradamente a dizer que a amas – gritou-lhe Marge abanando a cabeça. – Como é que és capaz de trair o teu sangue?
-Da mesma maneira que ele consegue trair o dele – apontou com o queixo para Rafael. – Eu não menti. – Grace parou para o olhar, mas nem conseguiu fazê-lo por muito tempo, apenas abanou a cabeça virou costas. Marge não o ia matar, talvez o resto da vida dele na prisão fosse um castigo suficiente, senão o pior. Estava a ir para fora do gabinete para matar todos os outros que faltavam, mas já vinha tarde. Estavam todos mortos finalmente. Com um suspiro cansado, Grace encostou-se ao corpo manchado de sangue negro de Quint, mas ela nem se pareceu incomodar.
-Quero sair daqui – disse ela. Quint olhou-a com um meio sorriso.
-Já acabou tudo.
14ºCapítulo
O gabinete
Grace foi sentar-se, olhando para Quint e suspirou – ele não vai desistir – não era uma pergunta, era uma afirmação, ela conhecia suficientemente bem Rafael para saber que ele não ia desistir de uma boa caça, mesmo que ela fosse perigosa. Quint abanou a cabeça, deitando-se de novo na cama, agarrado às almofadas.
-Quando ele vir que está a pôr todos em perigo, pode ser que parece – Grace fez uma careta e abanou a cabeça.
-Duvido Quint – suspirou passando as pontas dos dedos pelo cabelo loiro do rapaz. Grace estremeceu quando a porta foi aberta, sem que alguém batesse à porta e viu Rafael entrar.
-Depois fala dos outros – resmungou o irmão, mandando-lhe uma almofada à cara. Rafael fez o seu habitual sorriso divertido, mandando-a de volta.
-Ainda bem que já estás bem – disse para Grace, ela assentiu com a cabeça levantando-se. – E não, não vou desistir mesmo.
-Ainda por cima anda a ouvir as conversas atrás da porta – resmungou de novo Quint, enfiando a cabeça na almofada.
-Caso não saibas, eu ouço melhor do que qualquer pessoa nesta casa – disse aproximando-se da janela, onde até à pouco a rapariga tinha estado – a Kate foi tirar os corpos mais a Marge, não me deixaram ir. – encolheu os ombros e encostou a mão à bochecha com um ar aborrecido.
-O que é compreensível – disse Grace levantando-se de novo vendo Rafael encolher os ombros. – Vieste aqui fazer alguma coisa? – perguntou curiosa, porque sabia que ele não ia entrar no seu quarto assim sem mais nem menos e não fosse alguma coisa.
-Eu vinha aqui pedir à Grace para me apoiar na busca, preciso de pessoas, mas já percebi que não queres – Rafael manteve-se estático a olhar pela janela e Grace mordiscou o lábio.
-Está bem – disse ela, fazendo com que todos a olhassem – mas, só até a matares, quando a matares acaba tudo.
-Ou quando tu a matares – corrigiu Rafael com um sorriso maroto, sob o olhar incrédulo do irmão.
-Vocês são loucos – abanou a cabeça levantando-se e vestiu a sua t-shirt e ele, ao reparar nesse pequeno pormenor olhou os dois.
-Vocês fizeram sexo? – perguntou, sendo muito directo. Grace arregalou os olhos, não porque ser algo de outro mundo, mas por não estar à espera.
-Não, está descansado – Quint revirou os olhos e saiu do quarto. A rapariga cruzou os braços ao peito, mordendo nervosamente o seu lábio inferior enquanto olhava para Rafael. Ele continuava a olhar para Grace, estava à espera da sua resposta.
-Claro que não – disse quando se apercebeu que Rafael não se ia mexer enquanto ela não falasse, ele encolheu os ombros.
-Também não tenho nada à ver com isso – disse num tom descontraído que a fez assentir.
-Quando é que começamos? – perguntou decidida a mudar de conversa. Rafael endireitou-se começando a andar até à porta.
-Veste-te e começamos depois – disse saindo. Grace abriu a boca para lhe perguntar se ele era maluco, mas nem teve tempo. Com um gritinho frustrado foi até ao seu armário abrindo a porta e ficando a olhar para as roupas que lá tinha. Estava alguma coisa errada, não devia haver assim tanta roupa…
- Oh meu deus – saltitou com um sorriso de orelha a orelha, agarrando no seu fato de caçador. – Eu vou ficar tão sexy aqui dentro – fez o seu típico sorriso maroto e rapidamente se vestiu. Pegou no seu arco e nas flexas, escondendo algumas na sua roupa. Estava fascinada, aquela fato era um mistério, ninguém saberia o que é que ela tinha para ali, estava tudo muito bem escondido e camuflado. Ao descer as escadas reparou que estavam todos na sala, bem, todos salvo seja. Estava Susie, Kate, Marge, Rafael e Quint, não eram todos. Os dois últimos arregalaram os olhos ao mesmo todo, Marge e Kate sorriram orgulhosas enquanto Susie só revirou os olhos, tentando atenuar o seu ar irritado com o meio sorriso.
-Já podemos ir? – perguntou ainda com aquele tom aborrecido.
-Vamos todos? – levantou Grace uma sobrancelha, olhando para Rafael e Quint que encolheram os ombros, ainda a olhar a rapariga. Ela estava fenomenal naquele fato…
-Quando souberam que ias, quiseram ir todos – respondeu Rafael que foi o primeiro a deixar de se babar, olhando para Kate que foi dar um beijo na bochecha de cada um, dando um pequeno abraço a Grace. Ela sorriu-lhe afastando-se com cuidado para não a magoar e foi juntar-se ao grupo. Eram quatro, quatro eram melhores que dois.
-O que é que vamos fazer primeiro? – perguntou Grace. Estavam os quatro num jipe com um homem que ela não conhecia, iam todos em silêncio até ela o quebrar, fazendo todos suspirar.
-Vamos ao concelho – foi Susie quem a informou – ela está metida com alguém de lá – disse desviando o olhar do dela. Susie sentia-se estúpida e traída, ela era boa naquilo que fazia, por isso não percebia como é que não se tinha apercebido de nada.
-Porque é que dizes isso? – perguntou-lhe tendo como resposta um encolher de ombros.
-A Anastácia dizia que conhecia algumas pessoas de lá – esclareceu Rafael – Agora vamos descobrir. Tentem parecer naturais – Grace olhou pela janela percebendo que tinham chegado e sentiu-se arrepiar, assim como Rafael, que não disse mais nada. Aquele lugar de novo não, já tinha sido mau de mais o que tinham lá passado, ainda devia estar tudo destruído e os outros mortos e... Grace simplesmente não queria lá entrar.
-Anda Grace – foi Marge que falou, passando as mãos pelas costas da filha, tinha estado todo o tempo a observa-la e conseguiu perceber que ela não queria ir. – Já não há lá nada, a não ser impostores. E agora somos mais, vêm mais a caminho. Vamos ganhar.
-Vamos lutar contra os poderosos, mãe. É impossível. – Não era preciso andar naquelas andanças há muito tempo para saber que as pessoas do concelho eram poderosas.
-Eu sou do concelho – disse Grace – e tu és minha filha, também fazes parte dele. Nós somos poderosas. E eles também – apontou para quem já ia lá à frente. – Agora agarra no teu arco e vamos. – levantou-se saindo do jipe e começando a andar em direcção à entrada. Tentar parecer normal, tinha sido o que Rafael tinha pedido, mas para Grace era impossível, ela estava nervosa, tinha a sensação que alguma coisa ia correr mal.
Assim que entraram, Grace viu aquilo de uma maneira totalmente diferente, não era mais aquele velho edifício às moscas. Estava como novo, como se tivesse sido reconstruido em poucos dias e bem… talvez tenha sido mesmo. Grace deu uma corridinha até se meter entre os irmãos, para saber do que eles falavam.
-Por onde temos que procurar? – perguntou Grace quando eles se calaram.
-Não temos que procurar, eu sem bem quem é. – disse Rafael, colocando uma mão no bolso, onde Grace conseguiu ver uma faca reluzir.
-Quem é? – perguntou curiosa e ele apenas a olhou, não lhe respondendo.
-Vamos para o quinto andar – disse Quint a uma senhora já de idade que parecia Kate, que estava a entrar no elevador ao mesmo tempo que eles.
-O que é que vamos fazer para o quinto andar? – Perguntou a mãe de Grace ficando ligeiramente mais pálida. Quint mordeu a parte de dentro da bochecha e mandou o elevador fechar as portas.
-Porque é que ninguém responde às nossas perguntas? – Resmungou Grace, esquecendo-se por completo daquela senhora simpática e, quando Rafael a lembrou com um simples olhar, ela olhou para trás, mesmo a tempo de ver a senhora ficar mais pálida.
-Cuidado – gritou Quint, mas foi Rafael que agiu, partindo o pescoço à Humanóide. Com um grito Grace agarrou-se ao irmão loiro, fechando os olhos com força. – Isto está cheio deles – murmurou Quint – estejam preparados.
Isto está mesmo quase quase a acabar
espero que gostem e desculpem pela demora.
Este capitulo não é dos melhores, eu sei.
Pensava que ia conseguir postar amanhã, mas aconteceram imprevistos, por isso só mesmo no sábado, ou quem sabe, na sexta. Beijinhos.
13ºCapítulo
Anastácia em sarilhos
Frank abanou a cabeça com um suspiro e agarrou na mão de Grace fazendo-a sair do bar onde estavam fazendo-a andar num passo apressado. – A tua mãe não te avisou para não saíres sozinha? – olhou para trás e viu os lábios de Grace começarem a ficar roxos – A sério Grace? Bebeste o que te deram? - Grace não conseguiu ouvir nada, estava todo muito torto e às cores. Sorria que nem uma parvinha e encostou-se ao peito de Frank, abraçando-o.
-Tive saudades tuas sabias? – perguntou-lhe com um sorriso desengonçado até adormecer. Frank suspirou agarrando-a quando ela estava a cair e pegou nela ao colo continuando a andar. Felizmente aquele sumo só funcionava apenas como droga e ela não tinha bebido tudo, só um gole, por isso ia ficar bem. – És mesmo uma casmurra – disse-lhe baixinho apesar da rapariga estar a dormir.
-Frank – olhou para trás quando ouviu Marge e virou-se para que ela visse a filha. Abrindo a boca, correu até ele segurando nela – O que é que aconteceu? – perguntou com a face pálida. Frank sempre vira em Marge uma boa mãe, tudo o que ela fazia por Grace era para a proteger e só ele até agora tinha visto como ela ficava quando lhe acontecia alguma coisa.
-É louca como tu e decidiu beber sumo daquele bar cheio de humanóides. Temos que desinfestar esta cidade rápido. Se eu não a tivesse seguido assim que a vi, ela podia estar morta. – explicava Frank como se não fosse nada de anormal.
-Oh meu deus, ela não bebeu muito pois não? – perguntou passando as pontas dos dedos pelas bochechas pálidas da filha. Frank abanou na cabeça para a descansar e voltou a segurar em Grace.
-Eu levo-a para a Fazenda, não te preocupes – Marge abanou a cabeça durante algum tempo.
-Nem penses Frank, não quero que estejas perto dela outra vez, eu não me esqueço do que aconteceu convosco, eu só te pedi para te aproximares dela e tu foste logo enfiar-te na cama, não foi? Ela é minha filha – começou a elevar o tom de voz e Frank suspirou.
-Eu apaixonei-me – murmurou, fazendo Marge endireitar-se e olhar para a sua bebé.
-Tu sabes que não podes e eu sei que se tentares consegues seguir em frente mais rápido do que te apaixonaste– levantou o olhar para o rapaz – eu acho que ela gosta de outra pessoa – Frank mordeu a parte de dentro da bochecha cheio de ciúmes do que Marge tinha acabado de dizer, mas tentou mostrar-se despreocupado
-Se calhar tens razão – encolheu os ombros virando costas – mesmo assim, vou leva-la a casa. E assim fez, enquanto Marge foi encurralar o bar que tinham drogado a filha, Frank levou a mesma até à Fazenda, abrindo a porta. Até há cinco anos ele morava naquela casa mas foi forçado a ir para o Concelho quando o encontraram e descobriram as suas capacidades.
Kate veio até à sala e arregalou os olhos levando as mãos à boca correndo até eles os dois.
-Ela está bem, só vai acordar com uma grande dor de cabeça – sorriu-lhe indo coloca-la no sofá.
-Ela só nos arranja problemas – lamentou-se Kate indo dar um beijinho na bochecha de Frank. Ia perguntar-lhe como é que ele estava, mas nem teve tempo, Rafael desceu as escadas e assim que o viu, ficou logo em modo ataque e, também nesse preciso momento Anastácia entrou na sala, parando assim que viu Frank.
-Hey – disse ela meio atrapalhada – quem és tu? – perguntou aproximando-se de todos. Kate virou-se para Anastácia e apontou para a rua.
-Toda a gente sabe o que és, ou sais agora ou vou ter que tomar medidas drásticas – Kate era uma mulher muito boa e paciente, mas neste momento tinha uma expressão zangada e autoritária. Anastácia olhou para Rafael com os olhos muito abertos e com a boca entreaberta, como se estivesse espantada com o que estava a acontecer. – Vai. – quase que lhe gritou e, percebendo que já não havia hipóteses, cruzou os braços ao peito e apontou com o queixo para o suposto namorado.
-Não me vais defender? – perguntou-lhe, apesar dele estar mais interessado na presença de Frank, abanou a cabeça fazendo-a sorrir – Oh por favor Rafael, vais dizer-me que nunca te apercebeste do que eu era? – irritado com todas as suas forças, ele olhou-a.
-Tanto não me apercebi que estou capaz de te matar agora mesmo – disse entredentes. Ela deu uma gargalhada ainda com os braços cruzados.
-Matavas um dos teus? Ainda por cima tão próxima como já fui? – Rafael revirou os olhos, como se ela não soubesse que ele sempre tinha morto humanóides
-Eu vivo com os meus e tu nunca me foste próxima a sério – aproximou-se dela com uma expressão séria – queres morrer agora ou preferes que eu te cace? – perguntou-lhe com um sorriso torto. Rafael não podia negar, ele divertia-se com isto da caça. Ela cerrou o maxilar e afastou-se dele, trocando olhares com Frank, saindo irritada da fazenda.
-Finalmente – suspirou Kate, esgotada, mas ficou logo alerta assim que Rafael voltou a olhar para Frank.- O que é que se passa com vocês?
-Queres morder? – Frank fez aquele sorriso que sempre lhe fazia e ele tentou, mas não conseguiu, atirando-se para cima do caçador e mandando-o ao chão, esteve mesmo para o morder e poder mata-lo, mas alguma da sua racionalidade permitiu que ele mudasse de ideias a tempo, esmurrando-lhe a cara até a deixar toda negra.
-Um dia eu vou-te matar – ameaçou-o. Kate, que estava desesperada a tentar afasta-los, agarrou num braço de Rafael, olhando-o com uma expressão zangada. – Eu sei, eu vou para o meu quarto – virou costas, olhando uma última vez para Grace.
Quando Grace acordou não conseguiu abrir logo os olhos, estavam pesados e a sua cabeça latejava, nem queria imaginar quando os abrisse. Suspirou agarrando-se à almofada, só depois percebendo que era demasiado quente para ser uma almofada e sorriu. – O que é que estás a fazer no meu quarto, Quint? – perguntou baixinho – Ainda por cima… – passou as mãos pelo seu tronco, sentindo a sua pele e os seus abdominais definidos – ainda por cima nu - fez uma careta abrindo os olhos devagarinho. Quint riu-se dando-lhe uma festinha no cabelo loiro, tapando-lhe os olhos de novo.
-Ontem à noite não te queixaste – gozou, fazendo Grace abrir mesmo os olhos de vez, arregalando-os. Ele fez um sorriso trocista e ela suspirou de alívio, deixando a sua cabeça cair nas almofadas de novo, sentia-se cansada e ainda agora tinha acordado.
-Estúpido – queixou-se agarrando-se ao braço dele.
-Estou a brincar, não conseguia dormir por isso vem para aqui – ela voltou a abrir os olhos com um meio sorriso – e já consegui – continuou.
-Como é que estão? – perguntou lembrando-se de que tinha deixado Quint e Rafael a conversarem, ele encolheu os ombros.
-Bem, acho eu. –ela sorriu, dando-lhe um beijinho no ombro, para depois se afastar.
-Eu não vou embora – disse passando as mãos pelos seus cabelos despenteados – mas não vou ter nada com nenhum dos dois – ela tinha que admitir que se sentia bastante atraída por Rafael mas depois Quint e todo o seu amor eram tão… tão bons que ela também se derretia e ficava toda confusa. Por momentos, ele pareceu um pouco desiludido, mas depois assentiu com um sorriso verdadeiro no rosto
- Não faz mal, desde que sejas minha amiga – Grace sorriu beijando-lhe a bochecha e assentiu, saindo depois da cama indo até à janela.
-Meu deus, eu tenho que ter cuidado com quem me meto – passou as mãos pela cabeça que latejava e Quint riu-se enquanto assentia.
- Ainda bem que bebeste pouco daquilo, ouvi dizer que dá uma moca das más – ela riu-se apesar de não ter piada e abanou a cabeça.
-A Anastácia já nos veio chatear? – perguntou virando-se para Quint, vendo a sua expressão ficar gradualmente mais séria.
-O Rafael está decidido a ir procura-la e mata-la, ele deixou-a fugir para jogarem uma espécie de jogo – encolheu os ombros, até aqui não parecia nada mal, todos faziam alguma coisa daquele género, era divertido e uma forma de passar o tempo – o pior é que o que a Anastácia está a fazer não é só ela, deve haver mais, pelo menos mais um.
não corrigida, pode ser que poste na quarta
beijinhos ✥
Obrigada pelos tópicos que deram no post anterior, vão dar jeito
Eu já vos tinha falado do meu próximo "projecto", ainda não se pode chamar isso, mas não me lembrava de outra palavra. Não é só uma história, são várias, sobre adolescentes random, eu já referi que tanto pode haver sobrenatural como não e, é na parte do "não sobrenatural" que eu preciso da vossa ajuda
Visto que as histórias vão falar principalmente de adolescentes, eu quero pedirvos que me digam tópicos sobre problemas na adolescência, como por exemplo:
Não repetiam estas duas acima.
Amanhã há capítulo.
Update:
*vocês são mesmo fixes*
continueeeeeeeeemmm, quantos mais se lembrarem mais eu escrevo
Olá :)
omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...
devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...
Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...
ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...