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Hidra 3 - Dois monstros jeitosos

Sábado, 02.03.13

3ºCapítulo

Dois monstros jeitosos

 


 No capítulo anterior:

                -Não é preciso avó, eu vou sozinha. – disse rapidamente a neta que Kate.
                -Não vais a lado nenhum sozinha.




 

                Tanto a neta como a avó olharam surpresas para Rafael.
                 – Eu levo-te, mas não vais assim. – Satisfeita, Kate foi para a cozinha, ao mesmo tempo que Grace olhava para a sua roupa. Não ia assim, porquê? Tinha vestido uns calções de ganga e um top que lhe tapava vagamente as mamas, e usava uns saltos extra altos.
                -Eu vou como quero – disse ela dando meia volta para ir para a sala.
                -Não digas que eu não te avisei – disse Rafael no mesmo tom seco de sempre, fazendo-a revirar os olhos. Foi-se sentar no sofá esperando que ele acabasse de jantar, perguntava-se onde é que todos tinham ido, ninguém estava ali, era certo que não havia televisão, mas onde é que eles queimavam tempo quando estavam em casa? Só Quint é que disse que ia sair. – Anda – disse com um suspiro, fazendo pela segunda vez Grace saltar com o susto.
                -Não precisas de vir se estás assim tão entediado. – Disse ela fazendo com que ele lhe mostrasse o seu ar impaciente, Grace arregalou ligeiramente os olhos e foi atrás dele até à rua, onde estava uma mota altamente sofisticada à porta. Para quem era pobre, ou pelo menos, para quem tinha sido abandonado ele parecia muito rico. Foi ele o primeiro a sentar-se esperando que Grace fizesse o mesmo, com um sorriso divertido. Foi para sua surpresa que ela conseguiu faze-lo com uma graciosidade invejável. Grace sorriu ao perceber que o surpreendera e agarrou-se aos corrimões que havia de lado, não queria tocar-lhe. Não vou tocar-lhe, não vou tocar-lhe. É um antipático nojento, ainda se fosse o loiro, mas não é, por isso.

Hidra dois monstros jeitosos


                Quando Rafael voltou a parar a mota, Grace respirou fundo e abriu os olhos, não tinha cedido à tentação de se agarrar a ele com o medo. Rafael sabia acelerar e o modo como fazia as curvas, faziam com que ela se arrepiasse toda.
                -Vens ou não lentinha? – Resmungou Rafael fazendo-a sair, ainda meio trémula, da mota. Já estavam no bar, Grace não sabia bem onde estava, mas parece ser um daqueles bairros pequenos em que toda a gente vai para aquele bar e se conhece. Entrou um pouco mais à frente do rapaz, que estava visivelmente entediado e foi directamente ao balcão, precisava de descontrair.
                -Quero…
                -Nada de bebidas alcoólicas, ela só tem dezasseis – Grace arregalou os olhos e olhou para o lado vendo Rafael com um sorriso arrogante nos lábios. Abriu a boca escandalizada e deu-lhe um murro no peito.
                -Porra – queixou-se baixinho passando as mãos pelos punhos. – Mas quem és tu para dizeres isso? – perguntou irritada.
                -Rafael – disse ele voltando ao normal, fez um gesto qualquer ao barman e rapidamente lhe foi dado um copo com uma bebida alcoólica que Grace não conhecia. – E estás a viver na fazenda da Kate, por isso estou só a zelar que não vás bêbada, devias agradecer-me – disse com um sorriso sarcástico, fazendo com que Grace ficasse com uma expressão enojada enquanto o olhava. Ele conseguia irrita-la ao ponto de a fazer ficar com os cabelos em pé.
                -Não se faz nada aqui – disse de braços cruzados enquanto olhava em volta, todos estavam sentados a conversar, tal como ela pensara todos se conheciam ali. E não havia nada de Quint, ele devia ter ido a outro. Claro, este antipático queria estragar-lhe a animação toda e tinha-a levado para o pior bar de sempre.
                -Bem-vinda a Hidra – disse Rafael bebendo todo o conteúdo do copo. Grace revirou os olhos e saltou do banco em que estava sentada virando-se para o barman que logo abanou a cabeça. Ela bem que podia esquecer a sua bebida. Irritada, olhou para o seu acompanhante e saiu dali, indo para a rua.
                -Idiota – resmungou baixinho e olhou para o seu telemóvel – A sério? – perguntou batendo com o telemóvel na parede. Ainda não tinha rede, podia esquecer, não só a bebida, mas tudo. Só tinha que rezar para que a sua mãe cumprisse o prometido e fosse mesmo visitá-la no próximo fim-de-semana. Ia implorar para ir embora.  
                -Isso não vai resultar – ouviu-se uma voz que não era a de Rafael, o que fez com que Grace se virasse em direcção daquela voz. Sorriu ligeiramente quando viu dois rapazes bem-parecidos, os dois tinham uns olhos muito escuros, tal como Rafael, mas um era loiro e tinha expressões ainda de criança e o outro era um moreno mais velho, que foi o que falou, enquanto o outro sorria. – Pelo menos não aqui.
                -Estou irritada – disse passando as mãos pelo cabelo, pela primeira vez ela não se estava a sentir bem por estar a ser olhada por dois rapazes, que pareciam gostar do que viam.
                -Porquê? – perguntou o loiro aproximando-se dela – Nós podemos animar-te – Todo o corpo de Grace se retraiu e deu um passo para trás abanando a cabeça.
                -Não é preciso, só estou à espera de uma pessoa para ir para casa – os dois entreolharam-se. Ela queria ir embora dali, não estava a gostar da forma… não estava a gostar de nada, sentia um medo que tinha aparecido do nada, não sabia explicar. À primeira vista eles eram muito bonitos, mas agora que ela estava a olhá-los bem e fixamente, eram muito magros, pálidos e os olhos negros do loiro parecia que iam saltar dos olhos.
                -Nós podemos levar-te a casa – sorriu o moreno - não devias estar sozinha.
                -Eu já disse que estou à espera de uma pessoa – apressou-se a dizer muito segura de si apesar de por dentro estar a tremer.
                -Não te faças de esquisita, não anda por aqui ninguém – Grace olhou para a porta do bar, que estava fechada e reparou que já não se ouvia a música. As suas sobrancelhas juntaram-se numa expressão confusa e preocupada e tentou contornar os dois rapazes para tentar entrar, mas eles colocaram-se à frente dela, não a deixando passar.
                -Saiam da minha frente – disse de dentes cerrados e o loiro sorriu mais uma vez agarrando no pulso de Grace, que quando percebeu que estava presa o olhou. – larga-me – disse bem firme vendo-o continuar com aquele sorriso estúpido – larga-me – guinchou dando-lhe um pontapé certeiro nos abdominais que o mandou contra a porta, e apesar de Grace não achar que tenha sido com muita força, eventualmente a porta partiu-se e mostrou a grande algazarra que havia dentro do bar. Eram lobos, havia lobos dentro do bar!
                -Oh meu deus – deixou escapar baixinho levando a mão à boca. O moreno começou a aproximar-se dela, estava cada vez mais pálido, Grace quando viu a sua expressão insana começou a afastar-se  – Afastem-se de mim – gritou já com as lágrimas nos olhos. Começava a ficar assustada. Mas em que mundo é que ela tinha vindo parar? De onde é que os lobos tinham aparecido? E estes rapazes que a olham como se ela fosse comida?  – Onde é que aquele estúpido se meteu? Que não esteja morto – pediu a si própria passando as mãos pelo cabelo, entretanto já tinha perdido o telemóvel.
                -Aquele estúpido? Quem é aquele estúpido? – Quando dera por ele, o loiro já estava atrás de si a agarrar o seu corpo e a falar atrás da sua orelha. Ela teria gostado daquela tentativa de ser sexy, se aquele toque não a repugnasse, se aquele toque não a fizesse encolher ou arrepiar-se completamente enojada. Apertando as mãos dele, Grace conseguiu livrar-se, correndo, mas entretanto já o moreno fazia o mesmo que o outro, agarrando-a pela cintura.
                O que aconteceu a seguir foi muito rápido, Grace não se apercebeu de metade; mas Rafael apareceu, estava ileso, mas o seu braço estava ligeiramente arranhado, apesar de não haver sinais de sangue. Quando percebeu que Grace estava em pânico, sem saber o que fazer, e prestes a ser morta por aqueles dois, correu até eles matando o loiro apenas com uma mão, torcendo-lhe o pescoço. Grace já não via nada à frente, os esforços que fazia para se soltar eram inúteis e estava prestes a deixar-se levar, culpando a mãe por tudo o que estava a acontecer.

 

Se lerem alguns ainda hoje (e comentarem claro porque senão eu não sei(também aceito nos favoritos ^^)) ponho um excerto do próximo capítulo. (hoje ou amanhã)

Beijinhos e obrigada a todos

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P.S.

Sexta-feira, 01.03.13

Se conseguir arranjar um tempinho posto amanhã, tenho teste intermédio de matemática e tenho-me andado a passar.

 

 

E leio tudo o que tenho a ler também amanhã (vocês sabem quem são).

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