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Hidra 2 - Antipatia II

Terça-feira, 26.02.13

Desculpem, respondi aos vossos comentários no meu blog porque a minha net não anda muito boa e sempre que tentou andar um bocadinho mais pelos blogs isto não deixa. Não sei o que se passa, porque não acontece noutro lado.

 

Como eu tinha prometido está aqui a outra parte do capitulo, acho que ainda faltam duas pessoas para ler.

 

Vou ter testes esta semana toda por isso não devo conseguir postar logo no sábado, talvez consiga no domingo.

 

2ºCapítulo

Antipatia - Parte II


Grace não conseguia ver quem era, estava escuro por já ser praticamente de noite e as luzes ainda estavam apagadas. Ela bem procurava por um interruptor mas não o encontrava.
                -Desculpa? Quem és tu? – perguntou ela semicerrando os olhos para conseguir ver.
                -Eu perguntei primeiro – disse a voz.
                -E eu perguntei depois – retomou Grace aproximando-se sem medo, vendo a sombra do rapaz recuar.
                -Já estão a discutir e ainda nem se conhecem? – Kate apareceu na sala ligando a luz e foi aí que Grace viu Rafael, portador de uns olhos negros e uma postura rígida. Parecia que estava sempre alerta, como se alguém o fosse pontapear a qualquer momento.
                -Quem és tu? – voltou Grace a perguntar e ele não respondeu. A rapariga levantou uma sobrancelha quando percebeu que ele tinha sempre a mesma expressão desconfiada no rosto, acabou por se afastar vendo a sua avó colocar umas flores na mesa de centro da sala. Sabendo como era Rafael, Kate virou-se para Grace e passou uma mão pelo seu braço com um sorriso terno.
                -Chama-se Rafael, foi o primeiro rapazinho que eu adoptei, assim com o seu irmão. – disse ela calmamente olhando para o rapaz que ainda estava meio escondido nas sombras da outra divisão, a olha-las da porta. – Esta é a minha neta Rafael, chama-se…
                -Grace – interrompeu ela endireitando-se e empinando o seu nariz enquanto olhava em volta.
                - Hm. – Rafael tentou reprimir uma gargalhada irónica quando a viu fazer aquilo e abanou a cabeça. – Não vou jantar em casa Kate, desculpa – disse fazendo Grace se virou desconfiada para ele. – Há coisas a fazer. – A avó suspirou juntando as sobrancelhas, gostava que todos estivessem na mesma mesa ao mesmo tempo nem que fosse só um dia. Gostava de ter um jantar em família.
                -Mas eu até a Anastácia convidei – lamentou-se.
                -Desculpa – aproximou-se da avó, e consequentemente de Grace, que o olhou de cima a baixo e de baixo a cima. Ele estava vestido com uns calções de treino pretos uma camisola de cava azuis; pelos seus braços eram visíveis dezenas de cicatrizes e feridas, algumas ainda recentes e avermelhas, outras mais velhas e esbranquiçadas. Pelos vistos ele não era só mal-disposto para ela. Quando percebeu que ela o olhava, ele afastou-se da senhora depois de um beijo na testa – Devo chegar cedo, mas se isso não acontecer, vou ao teu quarto quando voltar – prometeu saindo da sala.
                 Grace espreitou pela porta e quando percebeu que ele não estava por ali, olhou a avó com um sorriso curioso nos lábios.
                -Gostaste dele? – Apressou-se Kate a perguntar-lhe com um meio sorriso apenas, continuava muito preocupada ao pensar nas alternativas do que o rapaz podia estar fazer. Rafael e todos os outros eram como netos para ela, eram a sua família afetiva, enquanto a de sangue estava fora e de relações cortadas.
                -Não, parece uma estátua de ouro – Grace fez uma careta e sentou-se sendo seguida pela avó que estava de sobrancelha franzida não percebendo a comparação – Está sempre com a mesma cara e todo rígido, com cara de Deus Grego – mordeu o lábio com um sorriso, ele era giro, não podia negar – e depois tem aquele tom de pele. – Kate riu-se abanando a cabeça.
                -Tu gostaste dele pelo menos fisicamente. – sorriu-lhe e ela abanou os ombros.
                -Ele é giro, mas antipático.
                -Para o conheceres é preciso calma, ele não é fácil – Grace olhou a avó que parecia estar a dar-lhe dicas de como namoriscar.
                -Avó eu não pretendo conhece-lo, tenho o Frank – sorriu feita parva e Kate riu-se enquanto se levantava.
                -Conhecê-lo não é só ir para a cama com ele, Grace; até porque ele tem namorada.
                -Então pronto, ninguém se quer conhecer! – Levantou-se também ela. Kate decidiu esquecer aquele assunto porque não valia a pena e pediu à neta para a ajudar a fazer o jantar. Apesar de ter aceitado, Grace para além de desajeitada, não sabia nada de cozinha.
                 -Desculpe avó, eu posso ir encomendar uma pizza – suspirou olhando a avó que estava a tentar salvar o que restava do peru.
                -Não te preocupes, com prática vais lá querida. – abanou a cabeça – vou falar mais batatas e eles assim não passam fome, vai colocar isso na mesa, mas não deixes cair mais nada – disse apontando para as travessas começando a descascar batatas. A neta olhou para a travessa com a parte do peru que não estava torrada nem esmagada no chão e respirou fundo agarrando nela, indo devagarinho até à sala de jantar. Grace não era descoordenada, até porque para andar em cima de sapatos de salto alto de vinte centímetros é preciso alguma coordenação, mas era demasiado distraída. Isso ainda se evidenciou mais quando tropeçou apenas no tapete fazendo o tabuleiro ir pelos ares enquanto ela ia no sentido oposto. Soltou um grito pensando que ia bater com o rabo no chão e o peru ia ficar ainda mais despedaçado, mas o tempo parece ter parado por instantes. Nada disso aconteceu.
                -Então bonitinha? Acho que devias largar os saltos – disse um rapaz com um sorriso trocista. Grace estava de pé e a travessa com o peru estava intacta em cima da mesa. Abanou a cabeça ainda toda confusa das ideias e passou a mão pelos cabelos vendo o rapaz à espera de uma resposta.
                -Quem és tu bonitinho? – perguntou voltando à realidade, endireitou-se em cima dos seus saltos dando uma chapadinha na cara do rapaz com um sorriso parecido ao dele.
                -Sou um bonitinho que acabou de chegar a casa – o rapaz loiro de olhos azuis fez um sorriso convencido.Mais uma vez, Grace olhou o rapaz de cima a baixo e mordeu o lábio. Era tão giro quanto o outro, mas pelo menos era mais simpático.

                -Chamo-me Grace – estendeu-lhe a mão com um sorriso leve nos lábios.
                -O meu nome é Quint – o rapaz apertou-lhe a mão e olhou-a um pouco desconfiado. Ela não podia ser como eles, era demasiado distraída e trapalhona. Grace sorriu respirando fundo e olhou para a mesa.
                -Grace? Quint? Venham cá ajudar-me – pediu a avó fazendo-os mexerem-se até à cozinha, Kate fez com que os dois colocassem a mesa e saiu da fazenda indo chamar os outros que faltavam para que fossem comer.
                -És a neta da Kate? –  Quint queria a todo o custo pôr conversa com Grace, que assentiu à sua pergunta e endireitou-se na cadeira. Sentia-se agora ainda mais cansada do que já estava.
                -Sou, ela nunca falou de mim? – perguntou juntando as sobrancelhas. Ela não tinha obrigatoriamente que faltar dela, mas era estranho não o fazer, sempre tinham sido muito amigas apesar da distância.
                -Falou da neta, mas não tínhamos nenhuma imagem tua em mente, nunca pensámos que fosse assim... – elogiou Quint com um sorriso deslumbrante enquanto olhava a rapariga, fazendo-a rir.              
                -Assim como? – perguntou fazendo-se de desentendida.
                -Assim – Quint fez gestos apontando para ela, Grace sorriu dando-lhe um beijo na bochecha.
                -Obrigada. – agradeceu pelo elogio e indirectamente também pelo facto de ser a única pessoa ali, para além da sua avó, que  a conseguia olhar olhos nos olhos. Quint sorriu e levantou-se olhando para Kate.
Todos os restantes começaram a entrar na sala, seguidos de Kate. Havia uma rapariga, Susie, que tinha o mesmo ar antipático que Rafael, uma menina,Elena, com os seus dez anos, e mais um rapaz que pouco falou, era o Lucas. Durante o jantar ninguém pareceu gostar muito dela. De início até ficou animada com o facto e existirem raparigas da sua idade, mas elas eram as que gostavam menos, excepto a morena alta, chamava-se Anastácia e pelos vistos era a namorada do antipático. Todos foram saindo da mesa um a um até só sobrar Kate, Grace e Quint.
                -Tenho que ir, vou aproveitar para… - houve silêncio durante uns segundos, o que fez com que Grace olhar para a avó, que sorriu – para ir ao bar. – bar. A palavra fez eco na cabeça da rapariga fazendo-a olhar instintivamente para ele, apesar do cansaço estar instalado no seu corpo, ela precisava de se divertir, conhecer melhor Hidra, e não parecia querer esperar por amanhã.
                -Há algum bar por aqui? – perguntou levantando-se já que todos os outros tinham feito. Pela primeira vez Quint pareceu meio atabalhoado, mas lá acabou por assentir.
                -Sim, mas ao que eu vou não deves gostar. – pela forma como disse aquilo, Grace conseguiu perceber que ele não queria que ela fosse.
                -Hm… - ela assentiu mordendo o lábio e com um suspiro olhou a avó, que continuava sentada a olha-los, Grace fez uma careta e afastou-se de Quint que fez um sorriso travesso e foi-se embora depois de fazer continência. Ficou durante um tempo a olhar para a mesa já vazia, ainda era muito cedo para se deitar, se não havia nada para fazer de dia lá, mais valia dormir. Tinha que fazer alguma coisa de noite.
                -Kat… - Grace deu um salto, seguido de um grito histérico por causa do susto e afastou-se até estar encostada ao que ela julgava ser uma parede, mas era uma parede muito quente. Ao ouvir a avó a rir, ela afastou-se percebendo que era apenas o outro antipático que a olhava de sobrolho levantado, e a parede era o seu peito. 
                -Peço desculpa – disse ela muito rapidamente e estava mesmo para se ir embora quando se ouviu Kate.
                 -Agora que chegaste, vais comer e depois vais levar a Grace a um bar. – Esta última congelou ao ouvi-la e olhou para trás vendo Rafael com a mesma expressão que ela.
                -Mais ninguém pode? – perguntou ele sentando-se com um revirar de olhos.
                -Não é preciso avó, eu vou sozinha, ele tem a Anastácia. – disse rapidamente a neta que Kate.
                -Não vais a lado nenhum sozinha.



Comentem

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Sem título mesmo

Terça-feira, 26.02.13

Quem é que acha que os blogs andam parados? 

 

Eu também acho. Isto antes não era assim o.o e eu só estive fora meio aninho.
Andem lá pessoal, para quem ainda tem escola e ainda não está de férias, relaxem um bocado. Não é preciso estar sempre amarrado aos livros, como eu estive até à dez minutos atrás com a minha quimica do coração.
Voltem a dar vida aos blogs.



Agradecida. 
Para quem ainda não leu o último capitulo(da semana talvez) está aí um bocadinho mais a baixo. 
Para quem ainda não leu, está aqui

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por Cate J. às 13:30

Hidra 2 - Antipatia I

Sábado, 23.02.13

2ºCapítulo

Antipatia - Parte I

 

 


A sua mãe parecia quer tortura-la, Hidra ainda ficava a longe, a sete horas de distância de carro, mas apenas a quatro de comboio. Grace não falou com a mãe durante metade das horas que andaram, estava irritada e achava que não havia motivos para tanto alarme, só lhe apetecia chorar de tanta raiva que tinha. Marge também não abriu a boca para falar, parecia demasiado perdida nos seus pensamentos, pensamentos esses que eram um turbilhão.
                -Porque é que estás a fazer isto? – perguntou Grace já mais calma devido ao cansaço, estavam quase a chegar, isso era notório devido à falta de rede que havia no seu telemóvel. Nem se tinha conseguido despedir do seu namorado como deve de ser e agora é que não ia mesmo. Olhou para a mãe, mas ela não planeava falar – eu já estive com outros rapazes antes do Frank e não apareci grávida. Eu não sou tu – o carro parou com as suas palavras e às bochechas pálidas de Marge viveram um rosa vivo; com isto Grace percebeu que estava metida em grandes sarilhos. Com apenas quinze anos Marge tinha ficado grávida de Grace mas tinha tido sorte, o pai gostava mesmo dela e até há cerca de dois anos tinham ficado juntos até que ele morrera. Tinha sido doloroso para todos, principalmente Grace tinha mudado muito, andava demasiado rebelde dando dores de cabeças e preocupações a todos.
                -Tu não sabes nada Grace e o pouco que sabes é insignificante. Apenas concentra-te no que realmente interessa que é obedecer-me. Não deve ser assim tão difícil. – Sarilhos que não foram assim tão grandes; devia passar-se alguma coisa mesmo grave para a sua mãe estar tão fora de si, ou então estava só mesmo com a mania de que elas eram iguais.
                -O que é me interessa é o Frank e nem isso consigo, nesta terrinha não há rede – resmungou ela apontando para a terra que se via pelos vidros. No fim da guerra a terrinha que se passou a chamar de Hidra, sendo a capital do país com o mesmo nome, foi destruída. Não restou nada, e o que restou de vida humana não ficou por ali. Grace sabia um pouco disso porque tinha estudado história antes do último teste, coisa que raramente fazia, mas era sobre a cidade da sua avó e ela acabou por se interessar. Olhando em volta tudo o que havia era floresta, uma casa ali e outra acolá, mas a Floresta Negra era o que se evidenciava mais. O centro da cidade era um pouco mais movimentado, mas não tanto. Não havia grandes lojas, cinemas, nem placares de cafés numas ruelas. Para Grace era tudo igual, antes quando era mais pequena ainda se divertia a ver a paisagem da floresta, mas agora não passava tudo do mesmo.
                Faltava menos de meia hora para chegar à fazenda de Kate, mãe de Marge e avó de Grace, esta última tentava recordar-se do pouco que ainda se lembrava para tentar distrair-se. Poucas memórias havia da casa, mas do que fazia lá ainda conseguia recordar-se. Fazenda que é fazenda tem que ter cavalos e muitos animais, a fazenda de Kate é uma a sério. Ela lembrava-se de se divertir à brava a correr atrás das galinhas, de aprender a andar num pónei para mais tarde andar de cavalo, e até de brincar no prado que havia no meio da floresta com a mãe. Sim, quando ela e os pais ainda eram uma família decente. Tinha apenas quatro anos nessa altura, nem sequer sonhava com o que poderia vir a acontecer depois. Marge e Kate zangaram-se por algo que ela ainda não conseguiu perceber, mas por alguma razão se sente culpada, a zanga foi tal que Marge e o marido foram viver para fora de Hidra com a menina. Ela era muito apegada à avó pelo que ela sempre a foi visitar, mas à cerca de três anos atrás deixou de ir devido a uma discussão com a filha. Desde então elas não se vêem, Grace não pode esconder que tem saudades dela, mas isso não a faz ficar entusiasmada, sabia que a mãe não ia mudar de ideias e ela ia ficar lá contrariada.
                -Chegámos – pela primeira vez após a meia hora Marge falou e olhou para a casa com alguma notalgia, enquanto abria a porta para sair. – Vou falar com a Kate, não me devo demorar, vem andando com as tuas coisas por favor. – A fazenda era agradável, por fora as heras tinham escalado as paredes com tanta densidade que nem a cor daria para ver. Atrás havia a densa Floresta Negra e por dentro dela havia estábulos espalhados, o quintal com todos os animais e a estimada horta da avó estava mais perto da porta de casa. Grace começava agora a recordar-se de muitas coisas que a fizeram sorrir. Depois de ver pela milésima vez se tinha rede ou não colocou o telemóvel no bolso e foi buscar a sua mala que estava prestes a abarrotar colocando-a no chão e fazendo as rodinhas andarem. Foi num passo calmo, não queria ouvir mais discussões entre aquelas duas.
                -Marge aqui não é lugar para ela, não foi o que disseste? – Kate esforçava-se por falar baixo enquanto ralhava com a filha, Grace ao ouvi-las suspirou por não ter andado suficientemente devagar e por concordar com a avó. A fazenda já tinha há muito tempo deixado de ser lugar para ela.
                -Por favor, nunca te pedi nada Kate – pedinchou Marge – nem quando estava aflita, é a Grace não sou eu. – reforçou a ideia calando-se quando viu a filha entrar. Grace nunca tinha visto a mãe suplicar, mas não ficou muito admirada, depois deste drama todo já a achava louca.
                -A mãe está a fazer um drama porque me encontrou com o Frank na cama – encolheu os ombros enquanto falava e olhou a avó que estava de olhos arregalados, mas logo pareceu esquecer esse assuntou e foi abraçar a neta.
                -Estás tão grande Grace – disse Kate depositando um beijo na testa da neta. Marge olhou-as cruzando os braços com uma pontinha de inveja.
                -Já não tenho treze anos avó.
                -Tens mesmo quantos? – perguntou afastando-se para deixar Grace respirar.
                -Dezasseis – sorriu sentindo uma festinha no queixo – Convence-a avó, eu não preciso de ficar cá, eu tenho tudo lá, eu sei comportar-me – prometeu.
                -Está decidido, ninguém me vai mudar de ideias Grace. – olhou para as horas e foi na direcção da filha dando-lhe um beijo na bochecha. – Tenho que ir, eu venho cá todos os fins-de-semana – avisou especialmente para Kate não ter surpresas e virou costas indo embora. Claro que vem. Ironizou a menta de Grace.
                -Mãe! – chamou Grace tentando ir atrás dela, mas a mão fria de Kate agarrou-lhe o pulso fazendo-a olhar para trás.
                -Deixa Grace, não vais ficar aqui para sempre. – olhou a mala – Vamos arrumar as tuas tralhas. – Grace suspirou passando as mãos pela cara, ia ter saudades de Mae, da sua tia Mae que lhe fazia tudo o que ela pedia e a mimava mais que a mãe.

                Grace deitou.se, estava cansada tanto da viagem como de arrumar o seu quarto novo, ela tinha-o mudado todo para que ficasse com o seu toque pessoal. Uma coisa ninguém podia negar, ela sabia conjugar cores e arranjar espaços, tinha feito tudo sozinha e estava tudo como ela queria.
                -Aqui trabalha-se Grace, eu tenho que ir lá para fora, já me ocupaste bastante tempo -tinha-lhe dito Kate quando a neta lhe tinha pedido ajuda. Antes disso, enquanto estavam a arrumar a roupa Kate contou um pormenor que a neta não sabia da fazenda, por estar há tanto tempo fora.
                -Há mais gente por aqui, não somos só nós – disse fazendo Grace levantar uma sobrancelha, a avó não tinha um marido nem mais filhos, por isso não fazia ideia do que seria. – Há mais cinco pessoas – arregalou os olhos fazendo mentalmente contas, havia então sete pessoas a viver lá agora. – São miúdos da tua idade, foram abandonados pelos pais e eu dei-lhes casa.
                -Desde quando? – perguntou fazendo uma careta.
                -Desde há muito tempo logo após a tua mãe sair desta casa – encolheu ligeiramente os ombros. – Ia fazer bem a mim e à primeira criança, mas depois foram surgindo mais – Kate era um coração de manteiga, não resistia a uns olhinhos bonitos a pedincharem alguma coisa. – Eles devem vir para jantar, vais poder conhece-los – sorriu-lhe – eles são pessoas em condições. – Grace não conseguiu dizer nada, apenas assentiu ficando a pensar naquilo enquanto fazia as suas coisas. Não sabia se queria conhece-los, afinal…
                -Não sejas estúpida Grace, eles foram criados pela tua avó – falou para si própria já deitada na cama passando as mãos pela barriga na zona do estômago que já roncava. Suspirou levantando-se e desceu as escadas até à cozinha, mas não teve oportunidade de lá chegar. Parou assim que viu um vulto e por já ser de noite os seus ossos regelaram por causa do medo.
                -Quem és tu? - ouviu-se uma voz grossa que a sobressaltou.

 

 

 

Então? Estão a gostar?

Eu dividi este capitulo em duas partes (a segunda será postada quando eu achar que todos leram esta, mas no máximo até terça deve estar postado) e não prometo nada mas pode ser que o próximo capitulo já tenha mais acção.

Agora é aquelas partes desinteressantes em que eles se conhecem todos e bla bla, se não estiverem a gostar digam por favor. 

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Post desinteressante mas leiam na mesma ....

Quarta-feira, 20.02.13

.... e comentem-no que bem preciso

 

Oláá

Desde já quero agradecer por terem gostado, não que isto seja de agradecer claro, mas fico feliz por isso, espero que continuem, mas comentem! É importante para qualquer pessoa que escreva, a sério.

 

Eu pretendo postar durante o fim de semana, ou na sexta, ou no sábado ou no domingo, mas como vou ter testes importantes agora e ando toda perdida e sem tempo para fazer nada, devo postar ou no sábado ou no domingo.

 

E pronto, o post desinteressante é só sobre isto

 

PS: acho que o ps é o mais interessante -.- ahahahah 

Eu ando com umas ideias para além de Hidra, que é... umas especies de OSs (que quando postasse iam ser também por capitulos como se fosse Hidra), eu estava a pensar postar (não, ainda não fiz nada, mas as ideias andam a perseguir-me e enquanto não as escrever já sei que vou ficar assim) depois da história, o que eu queria perguntar-vos era se querem que eu vá postando alguns assim ou acaso ou se poste depois.

 

Se não está bem explicito perguntem.

 

E quero a vossa opinião por favoooooooor.

 

PS1: AH! o tema das OSs seriam sobre a vida de alguns adolescente e tanto pode adaptar-se à realidade como pode haver alguns mais sobrenaturais. 

 

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Hidra 1 - Mistério em casa dos Stempsen

Domingo, 17.02.13

1ºCapítulo
O mistério em casa dos Stempsen


                Grace abriu a porta de casa toda contorcida para não deixar nada cair e subiu as escadas que davam para a sala, quando lá chegou  mandou os livros todos para o sofá e suspirou de alívio passando as mãos pelas costas que doíam.
                -Grace, tira isso do sofá – resmungou a sua mãe, Marge, enquanto entrava na sala ao mesmo tempo que ela. Marge era uma mulher alta, magra, com uma expressão dura e bem vincada no rosto. Grace lembra-se de ouvir o pai dizer que aquele seu ar superior e autoritário era sexy, fazendo-a olhar com uma careta enojada para ele. Aquele ar era tudo menos sexy.

Ela olhava para a filha com uns olhos azuis muito claros parecidos ao da própria e os braços cruzados ao peito enquanto esperava que ela fizesse o mandado.
                -Eu já ia tirar, estava só a descansar das costas – queixou-se ela e tal como estava à espera, Marge não fez nada, nem sequer se mexeu, apenas ficou a olhar Grace.
                -Toma um comprimido e arruma isso, eu tenho que sair – disse a sua mãe assim que ela agarrou nos livros, Grace só agora é que se apercebia da forma estranha como a mãe estava vestida. Tinha uma espécie de fato preto todo colado ao corpo quase como se a pele do fato e a sua pele fossem a mesma coisa. Por cima dele, tinha um casaco de pêlos sintético cinzento, era grande o suficiente para tapar parte do fato estranho, mas Grace era muito perspicaz e conseguia captar tudo.
                -Onde é que vais assim vestida? – perguntou Grace indo atrás dela até à porta. Não era carnaval na cidade e Marge andava sempre bem vestida. Virando-se para a filha ela suspirou, parecia preocupada, mas também decidida a fazer algo. 
                -Limita-te a ficar em casa com a Mae, ela deve ficar por cá hoje. Há muitas coisas para fazer. – disse num tom frio e ao mesmo tempo carinhoso que a baralhava. Depois de dezasseis anos e nove meses a atura-la Grace ainda não a percebia. O pior é que ultimamente ela andava estranha, já a tinha apanhado a falar sozinha e tudo, claro que isso pode ser normal para algumas pessoas, mas não para Marge Stempsen. Agora, vestia-se daquela maneira, parecia uma catwoman moderna e nem dizia para onde ia.
                -Está bem – respondeu ela mais baixinho até porque ela já tinha fechado a porta. Subiu para levar os seus livros para o quarto, mas logo voltou a descer com o telemóvel na mão a mandar mensagens para combinar as coisas para a noite. Era sexta-feira, a todas as sextas ela saía à noite com as suas amigas.
                -Hoje não vais a lado nenhum – ouviu-se Mae, era uma senhora com idade para ser sua avó, era alta tal como a sua mãe, e o seu cabelo era bem cuidado e arranjado num carrapito, onde se notava o negro ser raiado por uns tons brancos. Apesar da pose rígida igual à de Marge, Mae tinha um sorriso nos cantos dos lábios que lhe dirigia sempre, porém, hoje não era um desses dias. Quando a viu Grace juntou as sobrancelhas extremamente confusa e deixou o telemóvel escorregar para o sofá.
                -Porquê? O que é que eu fiz para estar de castigo desta vez? – perguntou com os braços cruzados ao peito e um olhar desafiador na direcção de Mae.
                -Não fizeste nada, pelo menos não que saiba, não estás de castigo. – disse ela começando a limpar o resto da sala com o espanador. Grace sabia que lhe andavam a esconder algo.
                -Então porque é que parece que cometi o maior erro do Mundo? – Sim, Grace era sem dúvida muito exagerada. Agarrou no seu telemóvel quando não obteve resposta, estava a subir as escadas para se ir enfiar no quarto quando Tia Mae falou fazendo com que Grace criasse esperanças.
                -A tua mãe quer-te comigo hoje, tu ouviste-a, espera que volte e depois fazes o que quiseres – As esperanças foram por água abaixo com as suas palavras e apenas serviram para ficar mais irritada. Não percebia toda esta embirração hoje, sempre tinha tido cuidado na rua quando saía; aliás, a sua mãe já lhe tinha dito várias vezes para sair e arejar a cabeça.
                Atirou-se para a cama a desmarcar as coisas com as amigas, até que ouviu a campainha tocar. Os seus olhos brilharam e a sua boca abriu num sorriso de orelha a orelha quando percebeu que tinha uma mensagem nova: cheguei. Abriu a porta do quarto o mais rápido que conseguiu e desceu as escadas da mesma maneira, Mae já estava a ir abrir, mas Grace deu um salto para descer o resto das escadas e abriu a porta atirando-se quase imediatamente para os braços do rapaz enchendo-o de beijos.
                -Estavas cheio de saudades – disse Frank, o mais recente namorado de Grace. Tinha uns olhos verdes escuros brilhantes e um cabelo castanho chocolate bem arranjado com algumas ondulações.
                -Sim – disse ela toda apressada para lhe dar um verdadeiro beijo nos lábios – Anda a minha mãe não está em casa – sorriu agarrando-lhe na mão e quando se virou para ir para o quarto viu tia Mae a olhar os dois de braços cruzados. – Oh vá lá! Não me vão deixar fazer nada hoje? A mãe já viu o Frank umas quantas vezes. – revirou os olhos ignorando a pose autoritária da empregada. Subiu para o quarto com o namorado e assim que a porta se fechou, mandou-o para a cama – Ainda bem que vieste.– disse baixinho contra os lábios dele. Frank era mais velho e já andava na universidade, eles viam-se poucas vezes, mas Grace estava convencida de que o amor era mais forte assim. Namoravam há dois meses o que para ela queria dizer que iam continuar. Se não tinha acabado depois de dois meses, os mais difíceis, não ia acabar no terceiro, não é? Para Grace é. – Como é que correu a semana?
As mãos de Frank deslizaram por baixo camisola de Grace e os lábios dele ficaram ocupados com o seu pescoço, não pretendendo responder à namorada. Grace fechou os olhos e passou as mãos pelo cabelo curto do rapaz apertando-o e esquecendo-se por completo o que tinha dito.

 

                -Grace! – Grace estremeceu com a forma como fora dito o seu nome. Era um pesadelo e a sua mãe estava irritada. Encolhendo-se debaixo das mantas agarrou-se mais ao quentinho que tinha à sua frente, ainda muito ensonada. Ensonada demais para perceber a raiva da sua mãe – Grace acorda e tu vai-te embora – Frank já estava acordado o suficiente para ouvir Marge e fugiu enquanto não levou uma chicotada com aquele cabelo fino e aguçado na ponta que mais parecia um chicote que um cabelo preso num rabo-de-cavalo. Finalmente, quando Grace despertou e viu que estava sozinha tapou-se e abriu os olhos vendo a sua mãe. Ao perceber o que estava a acontecer sentou-se na cama de olhos arregalados.
                -Olá mãe – engoliu em seco e Marge assentiu saindo do quarto.
                -Precisamos de falar.


Já vestida Grace desceu até à sala e olhou a mãe. Marge estava sentada muito direita, com as pernas cruzadas numa postura muito certa e superior. A filha prendeu aquele seu cabelo loiro e perfeito tal como a mãe fazia e sentou-se ao seu lado.
                -Vais viver para a fazenda da tua avó – Marge nem deu tempo a Grace de respirar e continuou – e não quero que vejas mais aquele rapaz – ainda sem pestanejar levantou-se e ficou a olhar a mãe de uma forma irada e surpreendida. O que é que se passava com esta família hoje? Estava tudo maluco?
                -O que é que o Frank tem? Eu tenho dezasseis anos é completamente normal que…
                -Não, não é Grace. Vais para a fazenda da tua avó – disse decidida - vou tratar das malas com a Mae.
                -Não, mas a fazen…
                -Chega Grace! – gritou-lhe fazendo-a estremecer da cabeça aos pés. Não valia a pena contraria-la agora ou ainda levava duas chapadas – passaste das marcas. – Ela ficou parada a olha-la. Passou das marcas? Mas como? Talvez ao ter encontrado Frank e Grace na mesma cama e em trajes menores a tivesse afectado de alguma forma. Era a única explicação que Grace tinha para agora. 
                - Tu nem sequer gostas da avó! - Marge virou-se para a rapariga loira que lhe fazia frente e ficou subitamente vermelha enquanto a encarava.
                -Não interessa – disse de dentes cerrados – sais ainda hoje de casa. 


Esta foto representa bem o fato que marge usava, tirando a parte do simbolo do batman e da márcara claro o.o


Então? Isto ainda não tem nada de especial é o início e tal, mas o que é que acharam? 

 

Quem ainda não viu e quer ver, ali em em baixo está algumas descrições dos personagens que vão ter mais impacto na história. (não só)


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O Conselho

Sábado, 16.02.13

No centro da cidade de Hidra existe um Conselho que é um grupo formado por pessoas importantes e especiais que protegem, ou fazem algo para proteger a cidade. Cada um tem a sua tarefa, a maioria são caçadores, mas também existem os médicos, inventores, cientistas, entre outros. Agora que a cidade está posta em perigo eles o Conselho está falhar com grupo, visto que ninguém confia em ninguém, veremos o que o destino lhe reserva...

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Caçadores

Sábado, 16.02.13
O simbolo

Os caçadores são seres humanos mais poderosos que o normal, são descendentes daqueles que durante a guerra foram sujeitos às experiências bem-sucedidas. Depois da Guerra terminar e muito pouco depois de algumas cidades de reerguerem, os antepassados dos caçadores não tiveram descanso pois os mutantes começaram a ameaçar o planeta, fazendo com que tivessem que treinar de maneira diferente e continuar a desenvolver a tecnologia para conseguir matar estas criaturas. 

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Mutantes/monstros

Sábado, 16.02.13
Enfim tinha que ser uma imagem toda não-real porque monstros não existem, mas pronto

Na Guerra os mutantes que se transformaram em monstros conseguiram escapar em forma de revolta. Esses mutantes reproduzem-se tanto que o Mundo está repleto deles. São difíceis de matar, mas matam com facilidade. Os Caçadores fazem de todo para proteger os humanos e todos os seres mais frágeis das garras destas aberrações.

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Hidra

Sábado, 16.02.13

É um país que outrora fora destruída com a Guerra, mas também a capital do mesmo, onde se situa a fazenda Stempsem. Quando se soube das experiências que se faziam foi tudo destruído para ser novamente refeito conforme as normas de segurança mais recentes. É o lugar mais seguro que existe. Porém existe algo de errado com a cidade, muitas pessoas estão a ser mortas por causas desconhecidas e todos sabem o que se passa, ninguém ali é burro. 

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Fazenda Stemsen

Sábado, 16.02.13

A fazenda de Kate é diferente das outras escondendo muitos segredos. Lá vive Rafael, Quint, Jordan, Susie e Valerie, sendo todos estes adoptados e considerando-se irmãos.
Por fora é uma fazenda normal com um jardim grande e no fundo um estábulo e um espaço só com animais, mas por dentro só mesmo aparentemente.
Existem umas escadas que levam até ao subsolo onde existe uma sala de treinos, mas também existe outras salas, tal como a sala de armas. 

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  • Helena Pinto

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