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The one - 8

Quarta-feira, 16.01.13

The one  - 8

"Mas eu também gosto de ti. "

Estava em casa de Jack, ele tinha-me levado para lá. Entrámos pelas traseiras porque os seus pais estavam na sala e se o vissem ele estava morto. Pelo que eu sabia, o seu pai preocupava-se com ele, mas sempre que estava com a sua madrasta ao lado ele mudava radicalmente.

-Eu ajudo-te - disse indo buscar a caixa de primeiros socorros a uma das casas de banho e coloquei-a em cima da cama e agarrei num bocado de algodão pegando na água oxigenada para desinfectar. Nunca pensei que Mason tivesse uns punhos tão duros e que provocassem tanto estrago, Jack mal conseguia abrir um olho. Fiz uma ligeira careta enquanto o sentia conter-se para não gritar. - Desculpa - pedi quando fechou os olhos de uma maneira dolorosa. Fui pôr as coisas sujas para lavar e sentei-me na cama descalçando-me para pôr os pés em cima dela até ele agarrar nos meus ombros, massajando-os.

-Desculpa-me a mim - disse Jack ao fiz de algum tempo. Levantei a cabeça encostando o queixo em cima dos joelhos e fiquei a olhar os seus olhos, ou melhor, o seu olho. - Não devia ter-te beijado, muito menos...

Abanei a cabeça antes que dissesse alguma coisa que me magoasse.

-Não estou arrependida por ter retribuído Jack - disse baixinho e ele veio deitar-se ao meu lado, encostando a cabeça ao meu ombro. - Estou arrependida... não sei, só sei que não devia ter acontecido - suspirei encostando a cabeça à sua cama e fechei os olhos.

-Mas aconteceu - disse ele - ela vai ficar chateada no início, mas ela adora-te demasiado para te afastar. - Vi-o olhar-me e sorrir ligeiramente - Ela está sempre a falar de ti, quando não está a falar de moda - revirou os olhos e eu sorri passando a mão pelo seu cabelo.

-O Mason odeia-me - murmurei e acabei por fechar os olhos - mas eu não me consigo arrepender.

-Isso é porque gostas de mim - sorriu ele todo convencido. Olhei para ele com um revirar de olhos e estive mesmo para pregar-lhe um estalo com pouca força, mas não o fiz, ele já tinha levado o suficiente. - Diz lá que não é verdade - agarrou na minha cintura puxando-me mais para ele.

-É verdade, já tinha dito - mordi-lhe o queixo com força e fiz com que ele me largasse.

-Au - queixou-se passando a mão pelo queixo que tinha agora a marca dos meus dentes.

-Não vai acontecer mais nada agora Jack, pelo menos não até eu falar com ela. - vi um brilho de desilusão no seu olho e lá se acabou por afastar. Suspirei aproximando-me eu e abracei-o com força. - Eu gosto mesmo de ti Jack - disse baixinho e senti a sua mão no meu cabelo.

-Vai falar com ela, quero beijar-te e cuidar de ti - sussurrou ao meu ouvido. Não consegui evitar sorrir e abanar a cabeça, apesar de não o repreender, acho que ele agora era a única coisa que eu tinha. Não tinha os meus pais e tinha acabado de perder as duas pessoas mais importantes a seguir a eles.

És mesmo burra Rebecca.

Afastei-me dele depois de lhe dar um beijo na bochecha que estava melhor e levantei-me calçando novamente os meus ténis. Sorri-lhe apenas num jeito de despedida e saí por onde entrei embatendo contra alguém muito mas mesmo muito mais alto que eu. Levantei o olhar vendo que era o pai de Jack e sorri-lhe ligeiramente sem conseguir dizer nada. Depois do que o filho dele me tinha contado eu não conseguia sequer olhar para a cara dele como se fosse uma pessoa normal. Ele assentiu sem grandes floreados e saiu de casa fechando a porta atrás de si indo até ao seu carro. Mordi o lábio respirando fundo. Depois não queriam que eu não desse em maluca?

De casa dele até a casa de Marie ainda era longe, mas eu não me importei de correr, até estava frio e eu estava com roupa de treino, pelo menos aquecia de alguma forma. Quando cheguei passei a mão pelo peito, o meu coração estava a mil e era capaz de o vomitar de tão nervosa que estava. Quando estava a abrir a porta Mason fê-lo por mim.

-Ela está no quarto - disse ele enquanto me olhava.

-Mason...

-Vai ou conto agora - engoli em seco e fiz um esforço para não chorar.

-Desculpa, eu sei que não agi correctamente - disse enquanto olhava os seus olhos, ele tinha que perceber que... O pior era que eu não me sentia mal por o ter beijado, sentia-me mal apenas por ter traído a confiança de Marie, apesar da sua confiança não ser muita.

-Depois falamos Becca - senti uma pontada de esperança quando o ouvi, mas não fiz logo a festa. Entrei em casa deles e subi até ao quarto de Marie, que agora era nosso. Abri a porta e vi-a a ouvir música no computador enquanto estava sentada na cama. Fechei a porta atrás de mim e antes de dizer o que quer que fosse fui mudar de roupa, estava a regelar.

-Desculpa - saltei quando a senti atrás de mim e virei-me para ela. - Por ter falado daquela maneira contigo. - engoli em seco e coloquei o meu cabelo todo de um lado.

-Não - murmurei abanando a cabeça. Eu não conseguia. - Eu... - levantei a cabeça para a olhar e cerrei o maxilar - nós beijamo-nos. - não a consegui ver por momentos porque tudo o que via era turvo. Passei as mãos pelas bochechas quando as lágrimas caíram e voltei a levantar o olhar para conseguir ver a sua reacção. Ela continuava na mesma, a olhar para mim a empalidecer cada vez - desculpa Marie - disse mais baixo - eu não pensei bem...

-Pois não - disse ela engolindo as lágrimas, mas ainda a olhar-me - Isto foi vingança não foi? Por eu saber que gostavas dele e mesmo assim ter consigo chegar até ele. Foi vingança não foi? - falou cada vez mais alto e eu abanei a cabeça olhando para o chão.

-Não, não foi vingança. - limpei as bochechas que já deviam estar vermelhas de tanto limpar.    
Quando voltei a levantar o olhar Marie já não estava à minha frente e a porta do quarto já tinha batido. Respirei fundo e sentei-me num sofá passando a mão pelo meu cabelo. Cinco minutos tinham arruinado a minha vida, mas foram cinco minutos bons. Bati a mim própria por ainda ter sorrido e com suspiro olhei para a porta vendo-a abrir-se. Era Mason, estava cabisbaixo e com os olhos vermelhos.

-Queres falar? - perguntou ele baixinho sentando-se ao meu lado. Fiquei um bocadinho surpreendida por ter parecido tão calmo, a comparar com as outras vezes estava bastante mais calmo.

-Do que queres falar? - falei no mesmo tom que ele brincando com os meus próprios dedos.

-Eu sabia que gostavas dele mas...

-Ela é tua irmã, eu sei - murmurei passando a mão pela dela. - Eu sei que cometi um erro - virei-me para ele - mas desculpa Mason, pelo menos tu. Desculpa.

-Mas eu também gosto de ti - terminou ele. Mordi o lábio enquanto o olhava e deixei a minha cabeça cair no seu ombro.

-Não gostas nada Mason - engoli em seco - Sou a tua melhor amiga, estás a confundir as coisas - abracei-me a ele. Era verdade, eu não acreditava que ele gostava de mim, sempre fomos demasiado amigos para isso. Eu cheguei a um certo ponto que também comecei a pensar que o amava, mas mais tarde descobrira que era só mesmo amizade, estava a acontecer-lhe o mesmo.

-É verdade - defendeu-se ele. Levantei a cabeça para o olhar nos olhos e passei um dedo pelo seu queixo dando-lhe um beijinho na bochecha.

-Acho que devias pensar melhor. Eu sou só a Becca. - mordi o lábio - mas desculpa, eu não quis magoar ninguém. - ouvi apenas silêncio por um bocado.

-Eu sei - sorri levemente agarrando-me a Mason e fechei os olhos tentando descansar.

Quando acordei Mason não estava ao meu lado. Olhei para o quarto e vi um papel em cima da cama, ele tinha ido treinar. Fui ver-me ao espelho e aproveitei para passar a cara por água descendo para a sala onde estava a irmã mais nova de Marie de Mason. Dei-lhe um beijinho na testa e procurei a minha melhor amiga por todos os sítios mais e menos secretos daquela casa para ficar a saber da empregada que ela não estava. Suspirei começando a pensar e a repensar em sítios onde ela pudesse estar e quando me lembrei de um sorri para mim mesma. Avisei que ia sair e assim o fiz começando a ir em direcção ao arranha-céus onde eu e ela brincávamos juntas quando crianças. Os nossos pais apanhavam sustos de morte connosco quando nos apanhavam lá, mas aquilo tinha boas protecções por isso nem mesmo uma medricas com medo de tudo, como eu era, teria medo.
Senti uma dor aguda na minha nuca que me fez agachar com um grito de dor e quando abri os olhos já não via nada a não ser preto.
-Onde é que está o antidoto? – perguntaram-me. Tentei reconhecer a voz que estava a ouvir perto do meu pescoço, eu conhecia-a, mas estava demasiado atordoada.

eu sinto que não ando a escrever nada de jeito.. mas pronto. E não revi, por isso deve estar cheio de erros, desculpem, mas não tive nem tempo nem paciência. E apesar de tudo, espero que gostem..

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