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Década de 70
Bill e Mary tinham passado sete anos sozinhos e separados só se vendo sempre que os filhos faziam anos, sempre que havia uma festa de natal na cidade e na passagem de ano. Mary não tinha tido mais ninguém entretanto e agora já tinha 45 anos. Continuava com uma boa aparência apesar de já se notar algum cansaço, principalmente cansado vindo da tristeza que sentia por ter menosprezado o marido. Bill estava magoado, uma vez tinham tentado falar, mas ele disse que não o queria fazer, ela perguntou-lhe se ele tinha alguém e, orgulhoso como era mentiu dizendo que tinha, a partir daí as tentativas de falar com ele vindas de Mary pararam, apesar dela nunca o ter visto com ninguém.
Hoje era aquele dia que Mary tanto falava, Anne Marie ia fazer dezoito anos e sair de casa, já tinha sido choro seguido de choro quando o mais velho tinha comprado uma casa para ele e para a mulher. Ela percebia, Anne Marie já tinha um namorado e agora que tinha atingido a maioridade queria sair de casa, mas sentia-se sozinha. Tinha afastado o ex-marido porque se ia sentir sozinha quando os filhos fossem embora de casa, mas agora ainda se sentia pior.
-Mãe, não fiques assim - suspirou Anne Marie dando uma festa na bochecha da mãe que já choramingava.
-Desculpa - pediu. Era mais forte que ela, ela sempre tinha sido muito chorona. Anne Marie sorriu.
-Não te vou deixar, eu venho ver-te - garantiu olhando para Frederic que estava à porta com as malas. Mary assentiu dando dois beijos à filha e abanou a mão.
-Vai antes que eu mude de ideias - ambas se riram, apesar de Mary não ter vontade. Assim que o carro arrancou Mary olhou para aquela casa enorme e ao seu dispor, completamente para si. Talvez fosse hora de arranjar outro rapaz, mas não, ela não conseguia, ainda tinha muitos sentimentos por Bill, não o ia conseguir esquecer para o resto da sua vida. Estava a virar as costas para ir para a sala quando se ouviu um carro chegar. Juntou as sobrancelhas por não ver quem poderia ser e foi espreitar à janela sentindo o coração nas mãos quando viu que era Bill. Ela mordeu o interior da bochecha e mesmo antes dele bater à porta ela já a estava a abrir. Quando a viu, Bill hesitou um passo, mas logo continuou cruzando os braços ao peito à sua frente.
-Eu atrasei-me, ela já foi?
-Atrasaste-te com a tua mulher, foi? - perguntou Mary com um sorriso cínico, não se tinha conseguido conter. Bill sorriu dos ciúmes e abanou a cabeça.
-Não, eu não tenho nenhuma mulher, nunca tive, só te tive a ti - disse calmamente fazendo o coração da mulher bater mais depressa com a esperança de o voltar a ter, mas ele não ia querer depois de tudo. Baixou o olhar e assentiu.
-Ela já foi, desencontraram-se por pouco tempo - informou sentindo o seu queixo ser levante pelos dedos de Bill.
-Não gostei que menosprezasses o que fiz, mas tinhas razão é impossível - disse Bill. Ele tinha-se esforçado ao máximo para provar a Mary que estava errada, que era possível encontrar uma cura.
-Não - disse ela muito rapidamente já a olha-lo - não é impossível, só é pouco provável - sorriu um pouco e encostou-se à ombreira da porta para o deixar passar.
-Acreditas mesmo nisso? - perguntou ele enquanto entrava. Olhou em volta vendo que apesar de terem passado uns bons sete anos a casa continuava tal como ele tinha saído. Mary não disse nada enquanto o olhava, apenas assentiu para lhe responder. - Continuas muito bonita - disse ele passando os dedos pela bochecha da mulher. - E eu não gostava nada de te ver sozinha neste casa - Mary levantou o olhar para os olhos dele e fez um esforço para não sorrir.
-O que queres dizer com isso? - perguntou com o coração a bater muito rápido.
-Deixas que volte para casa? - Mary quase que lhe saltou para cima naquele momento, mas em vez disso resolveu desatar a chorar de novo, mas desta vez de felicidade.
-Estúpido - murmurou já encostada ao peito dele e a ser abraçada por aqueles braços musculados que sempre lhe deram proteção - estúpido, estúpido, não deviamos ter passado tanto tempo afastados - disse limpando as bochechas - podias ter falado comigo quando quis, podias não ter mentido.
-Isso agora importa? Estamos juntos agora. - Mary limpou mais uma vez as lágrimas e assentiu.
-Então e agora? O que fazemos? - perguntou com um sorriso feliz.
-Agora eu vou buscar as minhas coisas e... - ele olhou-a com um sorriso terno - queres casar comigo?
não ainda não tinha acabado ontem ^^ eu vou continuar até aos dias de hoje mais ou menos
Olá :)
omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...
devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...
Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...
ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...