Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

calendário

Maio 2013

D S T Q Q S S
1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031


Pesquisar

 


Hidra 12 - Olá desconhecido

Quarta-feira, 01.05.13

12ºCapítulo

Olá desconhecido

-O que é que estão a fazer? – perguntou Grace assim que entrou no quarto de Rafael. A bengala de Quint estava caída, com uma coisa pontiaguda na ponta. Grace correu até aos dois irmãos para os tentar separar e olhou-os aflita por não ter força o suficiente para o fazer. – mas o que é que se passa com vocês? – gritou-lhes – parem com isso – olhou para Quint – ele não fez nada Quint, durante esta semana esteve sempre comigo ou aqui fechado, alguns daqueles corpos nem uma semana têm – Quint deixou de aplicar força no pescoço do irmão e de maxilar cerrado saiu de cima dele. Rafael não se mexeu, ficando a olha-lo enquanto ele se ia embora.
-Ele ia matar-me – murmurou Rafael de olhos fixos na parede, já que o irmão tinha fugido da sua vista. Grace colocou-se de joelhos para o ajudar a sentar e olhou-o.
-Ele está irritado – encolheu os ombros
-E ia matar-me – gritou ainda em choque. Grace arregalou os olhos, nunca na vida tinha visto Rafael tão incrédulo e assustado. Devia ser uma coisa que se via na vida, mas era normal, Quint tinha sido demasiado agressivo desta vez.
-Tem calma Rafael – murmurou Grace tocando-lhe na bochecha – ele não ia conseguir matar-te, és irmão dele, apesar de tudo. – engoliu em seco endireitando-se quando se lembrou de Anastácia. – Já agora, a tua namorada não é humana – disse ela com um suspiro como se fosse uma coisa simples, já se devia ter habituado – acho melhor teres cuidado, foi ela que fez aquilo. – levantou-se olhando-o durante uns segundos, mas acabou por virar costas e ir até ao quarto de Quint. Isto agora era sempre assim, uns minutos com o Rafael, outros com o Quint.
-Deixa-me – mandou Quint assim que a porta se abriu, mas Grace entrou e fechou a porta atrás de si, indo ter com ele e abraçando-o – tens que ter mais calma está bem? Ele é teu irmão, não é teu inimigo – Grace levantou a cabeça para olhar os seus olhos – e não é tudo sobre ele. Também há coisas sobre ti -  sorriu-lhe, fazendo com que ele não conseguisse não fazer o mesmo. – Mas... assim que se descobrir o que se anda a passar, eu vou embora.  – Quint engoliu em seco enquanto a olhava e abanou a cabeça.
-Não vás – murmurou passando as pontas dos dedos pelas suas bochechas e ela negou.
-Tenho que ir Quint, eu não pertenço aqui, a minha mãe tem razão.
-Pertences sim –
ouviu-se a voz de Rafael à porta do quarto. Tinha uma marca de sangue no pescoço, provocado pela bengala de Quint, que se começou a sentir arrependido por ser tão impulsivo e dramático. – Pertences mais do que alguns de nós. – baixou o olhar.
-Meninos – Kate interrompeu Grace que ia falar – O que é que aconteceu? – perguntou com uma expressão autoritária, e as mãos na cintura. Marge entrou no quarto ficando a olhar os três. – Porque é que a Anastácia está a sangrar da cabeça e tu estás assim do pescoço? – perguntou preocupada enquanto examinava Rafael, que abanou a cabeça e a afastou. Como ninguém disse nada Grace respirou fundo e começou.
-Eu e o Quint estávamos a dar uma volta pela floresta – apontou para a janela e viu a sua avó a ficar mais irritada, mas ela ia rapidamente esquecer isso quando soubesse o que tinha acontecido – e encontrámos corpos de humanos mortos. Já estão lá há algum tempo, alguns em decomposição, outros são recentes. – tal como previra, Kate tinha os olhos azuis muito abertos e a mão no peito, olhando de relance para Rafael, que cerrou o maxilar. – Não o culpem, ele esteve ferido e quase a morrer, não fez nada de certeza – defendeu-o. Kate suspirou e sentou-se na cama de Quint, passando as mãos pela cara. Grace ainda pensou em dizer quem achava que era, mas deixou-se calada, não a podia culpar assim, ninguém parecia notar o que ela era.
-Seja quem for, temos que ir limpar aquilo e informar o concelho – foi a vez de Marge falar, sempre calma e racional, Grace queria ser como ela, mas não conseguia.
-Sim.. vamos, quanto mais depressa melhor – balbuciou a dona da fazenda, saindo atrás da filha. Respirando fundo, Grace levou as mãos à cara e fechou os olhos.
-Agora nós – disse levantando-se e olhando para os dois, que estavam de pé a olhar para o chão – vocês os dois vão fazer as pazes ou eu chateio-me mesmo muito a sério. – os dois olharam-na e Rafael deu um passo na direcção do irmão, que deu um passo para trás, recebendo um olhar reprovador da rapariga. Com um suspiro, lá se aproximou estendendo uma mão na direcção dele, que fez o mesmo. Grace sorriu indo abraçar os dois e depois lá se afastou, fazendo uns gestos com as mãos – agora vão ficar os dois aqui, a descansar que eu vou dar uma volta – encolheu os ombros. Não queria estar mais com eles, sentia que estava a afasta-los e isso não podia acontecer, não havia nada como ter um irmão. Grace era filha única, mas bem que adoraria ter um irmão, mais novo ou mais velho, não fazia diferença, apenas sabia que se tivesse não o largaria por nada. Ela fez tal o que tinha dito, saiu da fazenda, indo passear a pé pela aldeia. Assim que chegou a civilizações, algum tempo depois, porque a Fazenda ainda ficava longe, entrou num café, olhando em volta meio desconfiada quando viu que todos estavam a olha-la. –Quero… qualquer coisa – encolheu os ombros, sentando-se num banco ao balcão. O barman, tinha um aspecto alcoólico e nojento, mas serviu-lhe um sumo. Grace revirou os olhos, será que todos sabiam que ela era menor? Com um suspiro começou a bebê-lo e assim que olhou para trás viu um homem ainda mais nojento aproximar-se, mas nem sequer se chegou a sentar, porque apareceu vindo do nada, um rapaz que partiu o pescoço ao velho. Grace arregalou os olhos e saltou do banco para ir embora, mas o rapaz não a deixou.
-O que é que estás aqui a fazer? Hidra está infestada de humanóides, devias estar em casa – mas Grace não prestou atenção a nada.
-Frank – murmurou sentindo a sua cabeça a andar a roda. Pelo que ela conseguia ver, tinha aquela roupa estranha de caçador e o seu cabelo castanho chocolate estava desalinhado de um modo diferente – És mesmo tu?


No primeiro capitulo:

-Estavas cheio de saudades – disse Frank, o mais recente namorado de Grace. Tinha uns olhos verdes escuros brilhantes e um cabelo castanho chocolate bem arranjado com algumas ondulações. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

por Cate J. às 14:11

1 comentário

De Andrusca ღ a 19.05.2013 às 20:40

O namorado dela também está envolvido nisso tudo? o.O
Hmm

Comentar:

Comentar via SAPO Blogs

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.

Este blog optou por gravar os IPs de quem comenta os seus posts.



Comentários recentes

  • Helena Pinto

    Olá :)

  • Andrusca ღ

    omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...

  • i.

    devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...

  • twilight_pr

    Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...

  • Joanna

    ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...



Posts mais comentados




subscrever feeds