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Desculpem, respondi aos vossos comentários no meu blog porque a minha net não anda muito boa e sempre que tentou andar um bocadinho mais pelos blogs isto não deixa. Não sei o que se passa, porque não acontece noutro lado.
Como eu tinha prometido está aqui a outra parte do capitulo, acho que ainda faltam duas pessoas para ler.
Vou ter testes esta semana toda por isso não devo conseguir postar logo no sábado, talvez consiga no domingo.
2ºCapítulo
Antipatia - Parte II
Grace não conseguia ver quem era, estava escuro por já ser praticamente de noite e as luzes ainda estavam apagadas. Ela bem procurava por um interruptor mas não o encontrava.
-Desculpa? Quem és tu? – perguntou ela semicerrando os olhos para conseguir ver.
-Eu perguntei primeiro – disse a voz.
-E eu perguntei depois – retomou Grace aproximando-se sem medo, vendo a sombra do rapaz recuar.
-Já estão a discutir e ainda nem se conhecem? – Kate apareceu na sala ligando a luz e foi aí que Grace viu Rafael, portador de uns olhos negros e uma postura rígida. Parecia que estava sempre alerta, como se alguém o fosse pontapear a qualquer momento.
-Quem és tu? – voltou Grace a perguntar e ele não respondeu. A rapariga levantou uma sobrancelha quando percebeu que ele tinha sempre a mesma expressão desconfiada no rosto, acabou por se afastar vendo a sua avó colocar umas flores na mesa de centro da sala. Sabendo como era Rafael, Kate virou-se para Grace e passou uma mão pelo seu braço com um sorriso terno.
-Chama-se Rafael, foi o primeiro rapazinho que eu adoptei, assim com o seu irmão. – disse ela calmamente olhando para o rapaz que ainda estava meio escondido nas sombras da outra divisão, a olha-las da porta. – Esta é a minha neta Rafael, chama-se…
-Grace – interrompeu ela endireitando-se e empinando o seu nariz enquanto olhava em volta.
- Hm. – Rafael tentou reprimir uma gargalhada irónica quando a viu fazer aquilo e abanou a cabeça. – Não vou jantar em casa Kate, desculpa – disse fazendo Grace se virou desconfiada para ele. – Há coisas a fazer. – A avó suspirou juntando as sobrancelhas, gostava que todos estivessem na mesma mesa ao mesmo tempo nem que fosse só um dia. Gostava de ter um jantar em família.
-Mas eu até a Anastácia convidei – lamentou-se.
-Desculpa – aproximou-se da avó, e consequentemente de Grace, que o olhou de cima a baixo e de baixo a cima. Ele estava vestido com uns calções de treino pretos uma camisola de cava azuis; pelos seus braços eram visíveis dezenas de cicatrizes e feridas, algumas ainda recentes e avermelhas, outras mais velhas e esbranquiçadas. Pelos vistos ele não era só mal-disposto para ela. Quando percebeu que ela o olhava, ele afastou-se da senhora depois de um beijo na testa – Devo chegar cedo, mas se isso não acontecer, vou ao teu quarto quando voltar – prometeu saindo da sala.
Grace espreitou pela porta e quando percebeu que ele não estava por ali, olhou a avó com um sorriso curioso nos lábios.
-Gostaste dele? – Apressou-se Kate a perguntar-lhe com um meio sorriso apenas, continuava muito preocupada ao pensar nas alternativas do que o rapaz podia estar fazer. Rafael e todos os outros eram como netos para ela, eram a sua família afetiva, enquanto a de sangue estava fora e de relações cortadas.
-Não, parece uma estátua de ouro – Grace fez uma careta e sentou-se sendo seguida pela avó que estava de sobrancelha franzida não percebendo a comparação – Está sempre com a mesma cara e todo rígido, com cara de Deus Grego – mordeu o lábio com um sorriso, ele era giro, não podia negar – e depois tem aquele tom de pele. – Kate riu-se abanando a cabeça.
-Tu gostaste dele pelo menos fisicamente. – sorriu-lhe e ela abanou os ombros.
-Ele é giro, mas antipático.
-Para o conheceres é preciso calma, ele não é fácil – Grace olhou a avó que parecia estar a dar-lhe dicas de como namoriscar.
-Avó eu não pretendo conhece-lo, tenho o Frank – sorriu feita parva e Kate riu-se enquanto se levantava.
-Conhecê-lo não é só ir para a cama com ele, Grace; até porque ele tem namorada.
-Então pronto, ninguém se quer conhecer! – Levantou-se também ela. Kate decidiu esquecer aquele assunto porque não valia a pena e pediu à neta para a ajudar a fazer o jantar. Apesar de ter aceitado, Grace para além de desajeitada, não sabia nada de cozinha.
-Desculpe avó, eu posso ir encomendar uma pizza – suspirou olhando a avó que estava a tentar salvar o que restava do peru.
-Não te preocupes, com prática vais lá querida. – abanou a cabeça – vou falar mais batatas e eles assim não passam fome, vai colocar isso na mesa, mas não deixes cair mais nada – disse apontando para as travessas começando a descascar batatas. A neta olhou para a travessa com a parte do peru que não estava torrada nem esmagada no chão e respirou fundo agarrando nela, indo devagarinho até à sala de jantar. Grace não era descoordenada, até porque para andar em cima de sapatos de salto alto de vinte centímetros é preciso alguma coordenação, mas era demasiado distraída. Isso ainda se evidenciou mais quando tropeçou apenas no tapete fazendo o tabuleiro ir pelos ares enquanto ela ia no sentido oposto. Soltou um grito pensando que ia bater com o rabo no chão e o peru ia ficar ainda mais despedaçado, mas o tempo parece ter parado por instantes. Nada disso aconteceu.
-Então bonitinha? Acho que devias largar os saltos – disse um rapaz com um sorriso trocista. Grace estava de pé e a travessa com o peru estava intacta em cima da mesa. Abanou a cabeça ainda toda confusa das ideias e passou a mão pelos cabelos vendo o rapaz à espera de uma resposta.
-Quem és tu bonitinho? – perguntou voltando à realidade, endireitou-se em cima dos seus saltos dando uma chapadinha na cara do rapaz com um sorriso parecido ao dele.
-Sou um bonitinho que acabou de chegar a casa – o rapaz loiro de olhos azuis fez um sorriso convencido.Mais uma vez, Grace olhou o rapaz de cima a baixo e mordeu o lábio. Era tão giro quanto o outro, mas pelo menos era mais simpático.
-Chamo-me Grace – estendeu-lhe a mão com um sorriso leve nos lábios.
-O meu nome é Quint – o rapaz apertou-lhe a mão e olhou-a um pouco desconfiado. Ela não podia ser como eles, era demasiado distraída e trapalhona. Grace sorriu respirando fundo e olhou para a mesa.
-Grace? Quint? Venham cá ajudar-me – pediu a avó fazendo-os mexerem-se até à cozinha, Kate fez com que os dois colocassem a mesa e saiu da fazenda indo chamar os outros que faltavam para que fossem comer.
-És a neta da Kate? – Quint queria a todo o custo pôr conversa com Grace, que assentiu à sua pergunta e endireitou-se na cadeira. Sentia-se agora ainda mais cansada do que já estava.
-Sou, ela nunca falou de mim? – perguntou juntando as sobrancelhas. Ela não tinha obrigatoriamente que faltar dela, mas era estranho não o fazer, sempre tinham sido muito amigas apesar da distância.
-Falou da neta, mas não tínhamos nenhuma imagem tua em mente, nunca pensámos que fosse assim... – elogiou Quint com um sorriso deslumbrante enquanto olhava a rapariga, fazendo-a rir.
-Assim como? – perguntou fazendo-se de desentendida.
-Assim – Quint fez gestos apontando para ela, Grace sorriu dando-lhe um beijo na bochecha.
-Obrigada. – agradeceu pelo elogio e indirectamente também pelo facto de ser a única pessoa ali, para além da sua avó, que a conseguia olhar olhos nos olhos. Quint sorriu e levantou-se olhando para Kate.
Todos os restantes começaram a entrar na sala, seguidos de Kate. Havia uma rapariga, Susie, que tinha o mesmo ar antipático que Rafael, uma menina,Elena, com os seus dez anos, e mais um rapaz que pouco falou, era o Lucas. Durante o jantar ninguém pareceu gostar muito dela. De início até ficou animada com o facto e existirem raparigas da sua idade, mas elas eram as que gostavam menos, excepto a morena alta, chamava-se Anastácia e pelos vistos era a namorada do antipático. Todos foram saindo da mesa um a um até só sobrar Kate, Grace e Quint.
-Tenho que ir, vou aproveitar para… - houve silêncio durante uns segundos, o que fez com que Grace olhar para a avó, que sorriu – para ir ao bar. – bar. A palavra fez eco na cabeça da rapariga fazendo-a olhar instintivamente para ele, apesar do cansaço estar instalado no seu corpo, ela precisava de se divertir, conhecer melhor Hidra, e não parecia querer esperar por amanhã.
-Há algum bar por aqui? – perguntou levantando-se já que todos os outros tinham feito. Pela primeira vez Quint pareceu meio atabalhoado, mas lá acabou por assentir.
-Sim, mas ao que eu vou não deves gostar. – pela forma como disse aquilo, Grace conseguiu perceber que ele não queria que ela fosse.
-Hm… - ela assentiu mordendo o lábio e com um suspiro olhou a avó, que continuava sentada a olha-los, Grace fez uma careta e afastou-se de Quint que fez um sorriso travesso e foi-se embora depois de fazer continência. Ficou durante um tempo a olhar para a mesa já vazia, ainda era muito cedo para se deitar, se não havia nada para fazer de dia lá, mais valia dormir. Tinha que fazer alguma coisa de noite.
-Kat… - Grace deu um salto, seguido de um grito histérico por causa do susto e afastou-se até estar encostada ao que ela julgava ser uma parede, mas era uma parede muito quente. Ao ouvir a avó a rir, ela afastou-se percebendo que era apenas o outro antipático que a olhava de sobrolho levantado, e a parede era o seu peito.
-Peço desculpa – disse ela muito rapidamente e estava mesmo para se ir embora quando se ouviu Kate.
-Agora que chegaste, vais comer e depois vais levar a Grace a um bar. – Esta última congelou ao ouvi-la e olhou para trás vendo Rafael com a mesma expressão que ela.
-Mais ninguém pode? – perguntou ele sentando-se com um revirar de olhos.
-Não é preciso avó, eu vou sozinha, ele tem a Anastácia. – disse rapidamente a neta que Kate.
-Não vais a lado nenhum sozinha.
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Olá :)
omg será que é esta que eu vou conseguir seguir do...
devo dizer que com o frio que estou consigo imagin...
Gostei imenso! Aliás adorei!Devo dizer que fiquei ...
ahahahahhahahaAHAHAHHAAHHAHAHAHAHAHAH ele é tão se...