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Hidra 1 - Mistério em casa dos Stempsen

Domingo, 17.02.13

1ºCapítulo
O mistério em casa dos Stempsen


                Grace abriu a porta de casa toda contorcida para não deixar nada cair e subiu as escadas que davam para a sala, quando lá chegou  mandou os livros todos para o sofá e suspirou de alívio passando as mãos pelas costas que doíam.
                -Grace, tira isso do sofá – resmungou a sua mãe, Marge, enquanto entrava na sala ao mesmo tempo que ela. Marge era uma mulher alta, magra, com uma expressão dura e bem vincada no rosto. Grace lembra-se de ouvir o pai dizer que aquele seu ar superior e autoritário era sexy, fazendo-a olhar com uma careta enojada para ele. Aquele ar era tudo menos sexy.

Ela olhava para a filha com uns olhos azuis muito claros parecidos ao da própria e os braços cruzados ao peito enquanto esperava que ela fizesse o mandado.
                -Eu já ia tirar, estava só a descansar das costas – queixou-se ela e tal como estava à espera, Marge não fez nada, nem sequer se mexeu, apenas ficou a olhar Grace.
                -Toma um comprimido e arruma isso, eu tenho que sair – disse a sua mãe assim que ela agarrou nos livros, Grace só agora é que se apercebia da forma estranha como a mãe estava vestida. Tinha uma espécie de fato preto todo colado ao corpo quase como se a pele do fato e a sua pele fossem a mesma coisa. Por cima dele, tinha um casaco de pêlos sintético cinzento, era grande o suficiente para tapar parte do fato estranho, mas Grace era muito perspicaz e conseguia captar tudo.
                -Onde é que vais assim vestida? – perguntou Grace indo atrás dela até à porta. Não era carnaval na cidade e Marge andava sempre bem vestida. Virando-se para a filha ela suspirou, parecia preocupada, mas também decidida a fazer algo. 
                -Limita-te a ficar em casa com a Mae, ela deve ficar por cá hoje. Há muitas coisas para fazer. – disse num tom frio e ao mesmo tempo carinhoso que a baralhava. Depois de dezasseis anos e nove meses a atura-la Grace ainda não a percebia. O pior é que ultimamente ela andava estranha, já a tinha apanhado a falar sozinha e tudo, claro que isso pode ser normal para algumas pessoas, mas não para Marge Stempsen. Agora, vestia-se daquela maneira, parecia uma catwoman moderna e nem dizia para onde ia.
                -Está bem – respondeu ela mais baixinho até porque ela já tinha fechado a porta. Subiu para levar os seus livros para o quarto, mas logo voltou a descer com o telemóvel na mão a mandar mensagens para combinar as coisas para a noite. Era sexta-feira, a todas as sextas ela saía à noite com as suas amigas.
                -Hoje não vais a lado nenhum – ouviu-se Mae, era uma senhora com idade para ser sua avó, era alta tal como a sua mãe, e o seu cabelo era bem cuidado e arranjado num carrapito, onde se notava o negro ser raiado por uns tons brancos. Apesar da pose rígida igual à de Marge, Mae tinha um sorriso nos cantos dos lábios que lhe dirigia sempre, porém, hoje não era um desses dias. Quando a viu Grace juntou as sobrancelhas extremamente confusa e deixou o telemóvel escorregar para o sofá.
                -Porquê? O que é que eu fiz para estar de castigo desta vez? – perguntou com os braços cruzados ao peito e um olhar desafiador na direcção de Mae.
                -Não fizeste nada, pelo menos não que saiba, não estás de castigo. – disse ela começando a limpar o resto da sala com o espanador. Grace sabia que lhe andavam a esconder algo.
                -Então porque é que parece que cometi o maior erro do Mundo? – Sim, Grace era sem dúvida muito exagerada. Agarrou no seu telemóvel quando não obteve resposta, estava a subir as escadas para se ir enfiar no quarto quando Tia Mae falou fazendo com que Grace criasse esperanças.
                -A tua mãe quer-te comigo hoje, tu ouviste-a, espera que volte e depois fazes o que quiseres – As esperanças foram por água abaixo com as suas palavras e apenas serviram para ficar mais irritada. Não percebia toda esta embirração hoje, sempre tinha tido cuidado na rua quando saía; aliás, a sua mãe já lhe tinha dito várias vezes para sair e arejar a cabeça.
                Atirou-se para a cama a desmarcar as coisas com as amigas, até que ouviu a campainha tocar. Os seus olhos brilharam e a sua boca abriu num sorriso de orelha a orelha quando percebeu que tinha uma mensagem nova: cheguei. Abriu a porta do quarto o mais rápido que conseguiu e desceu as escadas da mesma maneira, Mae já estava a ir abrir, mas Grace deu um salto para descer o resto das escadas e abriu a porta atirando-se quase imediatamente para os braços do rapaz enchendo-o de beijos.
                -Estavas cheio de saudades – disse Frank, o mais recente namorado de Grace. Tinha uns olhos verdes escuros brilhantes e um cabelo castanho chocolate bem arranjado com algumas ondulações.
                -Sim – disse ela toda apressada para lhe dar um verdadeiro beijo nos lábios – Anda a minha mãe não está em casa – sorriu agarrando-lhe na mão e quando se virou para ir para o quarto viu tia Mae a olhar os dois de braços cruzados. – Oh vá lá! Não me vão deixar fazer nada hoje? A mãe já viu o Frank umas quantas vezes. – revirou os olhos ignorando a pose autoritária da empregada. Subiu para o quarto com o namorado e assim que a porta se fechou, mandou-o para a cama – Ainda bem que vieste.– disse baixinho contra os lábios dele. Frank era mais velho e já andava na universidade, eles viam-se poucas vezes, mas Grace estava convencida de que o amor era mais forte assim. Namoravam há dois meses o que para ela queria dizer que iam continuar. Se não tinha acabado depois de dois meses, os mais difíceis, não ia acabar no terceiro, não é? Para Grace é. – Como é que correu a semana?
As mãos de Frank deslizaram por baixo camisola de Grace e os lábios dele ficaram ocupados com o seu pescoço, não pretendendo responder à namorada. Grace fechou os olhos e passou as mãos pelo cabelo curto do rapaz apertando-o e esquecendo-se por completo o que tinha dito.

 

                -Grace! – Grace estremeceu com a forma como fora dito o seu nome. Era um pesadelo e a sua mãe estava irritada. Encolhendo-se debaixo das mantas agarrou-se mais ao quentinho que tinha à sua frente, ainda muito ensonada. Ensonada demais para perceber a raiva da sua mãe – Grace acorda e tu vai-te embora – Frank já estava acordado o suficiente para ouvir Marge e fugiu enquanto não levou uma chicotada com aquele cabelo fino e aguçado na ponta que mais parecia um chicote que um cabelo preso num rabo-de-cavalo. Finalmente, quando Grace despertou e viu que estava sozinha tapou-se e abriu os olhos vendo a sua mãe. Ao perceber o que estava a acontecer sentou-se na cama de olhos arregalados.
                -Olá mãe – engoliu em seco e Marge assentiu saindo do quarto.
                -Precisamos de falar.


Já vestida Grace desceu até à sala e olhou a mãe. Marge estava sentada muito direita, com as pernas cruzadas numa postura muito certa e superior. A filha prendeu aquele seu cabelo loiro e perfeito tal como a mãe fazia e sentou-se ao seu lado.
                -Vais viver para a fazenda da tua avó – Marge nem deu tempo a Grace de respirar e continuou – e não quero que vejas mais aquele rapaz – ainda sem pestanejar levantou-se e ficou a olhar a mãe de uma forma irada e surpreendida. O que é que se passava com esta família hoje? Estava tudo maluco?
                -O que é que o Frank tem? Eu tenho dezasseis anos é completamente normal que…
                -Não, não é Grace. Vais para a fazenda da tua avó – disse decidida - vou tratar das malas com a Mae.
                -Não, mas a fazen…
                -Chega Grace! – gritou-lhe fazendo-a estremecer da cabeça aos pés. Não valia a pena contraria-la agora ou ainda levava duas chapadas – passaste das marcas. – Ela ficou parada a olha-la. Passou das marcas? Mas como? Talvez ao ter encontrado Frank e Grace na mesma cama e em trajes menores a tivesse afectado de alguma forma. Era a única explicação que Grace tinha para agora. 
                - Tu nem sequer gostas da avó! - Marge virou-se para a rapariga loira que lhe fazia frente e ficou subitamente vermelha enquanto a encarava.
                -Não interessa – disse de dentes cerrados – sais ainda hoje de casa. 


Esta foto representa bem o fato que marge usava, tirando a parte do simbolo do batman e da márcara claro o.o


Então? Isto ainda não tem nada de especial é o início e tal, mas o que é que acharam? 

 

Quem ainda não viu e quer ver, ali em em baixo está algumas descrições dos personagens que vão ter mais impacto na história. (não só)


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por Cate J. às 00:00

7 comentários

De DS. a 17.02.2013 às 00:12

 gostei bastante...abacabas-te na melhor parte...quero saber como vai ser qunado ela for para a fazenda da avo...e claro ansiosa por saber se o relacionamento com o frank vai dar certo ou ela vai apaixonar-se por outro...posta rápido :) bjs

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